
A agente de trânsito Keitiane Ferreira de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, teve uma experiência diferente durante o expediente de segunda-feira (5).
Ela fez o parto de um menino. Benjamin Alexandre nasceu com 49 centímetros e 3,8 quilos em um terminal de ônibus, na Vila Angélica. Mãe e bebê passam bem.
“Eu tinha a teoria, não tinha a prática. Tive que colocar na prática a teoria que tinha. O instinto colabora”, afirmou a agente de trânsito, que é formada em enfermagem e tem um filho de dois anos.
Keitiane conta que, enquanto estava fazendo o patrulhamento perto do terminal, um vigilante do local acenou para o carro do Trânsito Araucária. “Achamos [ela e o colega] que fosse uma situação de trânsito”, disse.
Mas, para a surpresa dela, o contexto era outro. O vigilante, então, relatou que uma mulher estava em trabalho de parto no terminal. “Estourou a bolsa. Chamaram o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] e a acolheram numa sala”, relatou a agente de trânsito.
“Não tem como ficar muito emocional, nem racional. Tem que equilibrar, era a vida do bebê”, explicou.
Keitiane foi visitar a mãe e o bebê no hospital (Foto: Arquivo pessoal)
Antes mesmo de entrar na sala, a agente de trânsito ouviu os gritos de dor da mulher. Keitiane pediu um par de luva para fazer o parto.
“Entrei [na sala]. Disse para ela que ia ajudar e comecei a orientar. Foi questão de dois minutos, já saiu a cabecinha do bebê”, disse a agente de trânsito.
Conforme Keitiane, o menino nasceu às 16h46 – exatamente 16 minutos depois de a bolsa da mãe estourar.
Logo em seguida, o Samu chegou e levou a mulher e a criança ao Hospital Municipal.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/q/z/050IhVSvAIaxmvLM9pdA/benjamin-alexandre-nasceu-com-49-centimetros-e-3-8-quilos.jpg)
Benjamin Alexandre nasceu com 49 centímetros e 3,8 quilos (Foto: Arquivo pessoal)
A emoção da mãe
A vigilante Cláudia Alexandre de Paula, de 35 anos, contou ao G1 que tinha ido a Curitiba e estava retornando para Araucária quando começou a sentir as contrações.
“Pra mim, foi uma surpresa. Não esperava que fosse tão rápido como foi. A bolsa estourou no terminal e pedi que me ajudassem. Eu estava no meio de todas aquelas pessoas e, ao mesmo tempo, apreensiva por causa da dor”, disse Cláudia.
Ela explicou que estava fazendo o pré-natal, mas não tinha certeza do tempo exato da gestação: “Uns médicos diziam que eu estava de 40 semanas, e outros que não”.
Mãe de uma garota de 12 anos, a vigilante não esperava que o parto de Benjamin fosse tão rápido devido à experiência anterior. A filha demorou quatro horas para nascer, após as primeiras contrações.
“Foi diferente. Foi emocionante!”, afirmou.
Cláudia e o bebê devem receber alta na quarta-feira (7).
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/k/y/Ajf5lKQ2eJ14FLEAxAPw/claudia-e-benjamin-alexandre-devem-receber-alta-na-quarta-feira-7-.jpg)
Cláudia e Benjamin Alexandre devem receber alta na quarta-feira (7) (Foto: Arquivo pessoal)
Veja mais notícias do estado no G1 Paraná.