Gostaria de fazer algo a mais por uma criança que está em um abrigo institucional? Aproveite para apadrinhar uma criança ou adolescente de algum abrigo institucional de Araucária! Foi lançado o Programa Apadrinhamento Araucária, através de uma parceria entre a Vara da Infância e Juventude, Ministério Público e Secretaria Municipal de Assistência Social.
A iniciativa permite que a comunidade participe no desenvolvimento social e educacional dos acolhidos que estão temporariamente afastados da família de origem e muitas vezes não possuem vínculo com algum familiar ou comunidade fora do abrigo. Com isso, podem ser proporcionados momentos de convivência individualizados, dar amparo emocional e praticar um gesto de carinho nos finais de semana, por exemplo, para esses jovens.
Os interessados em apadrinhar uma criança ou adolescente acolhido de alguma entidade de Acolhimento vinculada à Política de Atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente da cidade podem procurar o Fórum de Araucária, a Casa de Acolhimento ou o Centro de Atendimento Especializado à Família (CAEF). A medida vale para interessados residentes na cidade de Araucária e também dos municípios vizinhos.
O apadrinhamento pode ser realizado por meio de auxílio moral, emocional, psicológico, social e material, permitindo que o acolhido possa ter maior qualidade de vida e que haja a aproximação entre os envolvidos durante o tempo disponível do padrinho. Os vínculos afetivos podem ser fortalecidos durante finais de semana, eventos esportivos, recreativos, religiosos, comemorativos e feriados.
“O objetivo principal é estabelecer um vínculo entre as partes porque o acolhido precisa ter essa referência de relação familiar e ter momentos de lazer. Temporariamente ele está afastado de sua família de origem e não pode receber isso dela, alguns ainda possuem algum parente distante que pode dar algum suporte e fazer alguma visita de vez em quando, mas muitos não têm., comenta a coordenadora da Casa de Acolhimento, Cristiane do Nascimento.
A assistente social ressalta que os momentos vividos no apadrinhamento são de grande proveito para as crianças/adolescentes. “É em casa fazer um bolo com a criança, assistir TV, conversar, incentivar a ficar firme nos estudos. Não é algo necessariamente comercial. E também é uma troca, é bom tanto para o apadrinhado, quanto para quem está apadrinhando, é uma experiência de vida. Inclusive algumas famílias que já possuem filhos querem apadrinhar para que o filho biológico saiba que existe outra realidade”, complementa.
O modelo instituído em Araucária, permite o apadrinhamento de crianças com idade a partir de sete anos, e pode ser feito em três modalidades, como classifica a portaria que regulamenta o programa na cidade:
Padrinho afetivo: aquele que visita regularmente a criança ou adolescente, buscando-o para passar fins de semana, feriados ou férias escolares em sua companhia, proporcionando-lhe a convivência com sua família, momentos de troca de afeto, a experiência de conhecer lugares diferentes e a possibilidade de vivenciar experiências gratificantes no seio familiar e comunitário. Poderá retirar o afilhado das instituições de acolhimento quando for conveniente, mediante autorização do juiz.
Padrinho prestador de serviços: consiste no profissional liberal que se cadastra para atender às crianças e aos adolescentes participantes do projeto, conforme sua especialidade de trabalho ou habilidade. Não somente pessoas físicas poderão participar, mas também empresas mediante ações de responsabilidade social junto às instituições. São exemplos de prestadores de serviço que podem contribuir: dentista, ótica, professor para desenvolvimento de alguma habilidade e etc.
Padrinho provedor: é aquele que dá suporte material ou financeiro à criança e ao adolescente, seja com a doação de materiais escolares, vestuário, brinquedos, seja com patrocínio de cursos profissionalizantes, prática esportiva, investimento na educação, na saúde e em outros bens ou serviços que se mostrem importantes para o bom desenvolvimento do apadrinhado.
Etapas
Os interessados em apadrinhar preenchem o questionário de inscrição, assistem uma palestra para entender melhor o processo, passam por avaliação social e psicológica, assim como entrevista individual e visita domiciliar. Após todas as etapas, o Fórum habilita ou não o interessado como padrinho. Mais informações podem ser obtidas no CAEF, na Casa de Acolhimento ou no Fórum.
CAEF
Endereço: Rua Felix Klechovicz, 555 – Pequim.
Telefone: 3901-5424.
CASA DE ACOLHIMENTO
Endereço: Rua Capitão Leonardo Graziano, 302 – Pequim. Retirada do questionário para o apadrinhamento, das 9h às 12h e das 13h às 16h.
Telefone: 3905-6041.
FÓRUM
Endereço: Rua Francisco Dranka, 991, Vila Nova.
Telefone: 3642-3123.