A Prefeitura de Curitiba acendeu de vez o sinal de alerta no combate ao Aedes aegypti. Um dia após ser confirmada a primeira morte por dengue na história Capital, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) anunciou uma série de medidas com o intuito de agilizar as ações contra o mosquito, que infectou 106 pessoas até janeiro, número muito maior do que no mesmo período doano passado, quando haviam sido confirmados 10 casos (e 113 até o dia 15 de maio).
Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (10), o secretário de saúde, César Monte Serrat Titton, comentou a situação da Capital, revelando que há o risco de Curitiba enfrentar neste ano o pior surto de dengue de sua historia.
“O maior surto de dengue no Brasil foi em 2013, mas não tivemos nenhuma ocorrência grave. Mas este ano há o risco de o surto ser maior e mais próximo dos curitibanos”, disse Titton, referindo-se epidemia de dengue que afeta o Litoral. Não à toa, dos 106 casos registrados na Capital — todos importados —, 51 são de pacientes infectados em Paranaguá, município mais afetado (já confirmou 657 casos) e que na última sexta-feira teve decretado situação de emergência. “Há muito mais pessoas saindo para viajar e voltando com o vírus, o que é um importante sinal de alerta”, salienta o secretário.
Para tentar conter a situação, uma série de medidas vêm sendo adotadas desde a última semana, com a intensificação das ações de fiscalização pela cidade. “Na semana passada já havíamos começado a intensificar as ações, inclusive ‘suspendendo’ o carnaval de alguns agentes. Fizemos fiscalização na rodoviária, abordando quase 300 ônibus entre sexta e sábado, mantivemos o laboratório aberto para que fosse possível realizar exames em pessoas com suspeita de dengue e ainda fizemos 23 bloqueios. Realmente foi necessário manter o acionamento das equipes”, disse.
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