Incontinência urinária não é um sinal normal ou decorrente do processo de envelhecimento. O tratamento deve ser buscado sempre que necessário, pois trará mais qualidade de vida ao paciente. Esse foi o tema de uma palestra ocorrida no Centro de Saúde da Mulher e do Idoso (CSMI), para funcionários de diversas áreas de atuação do local e pessoas da comunidade.
O urologista Luiz Augusto de Souza abriu as discussões e incentiva a busca por tratamento. “Percebemos que muitos pacientes acham que é normal desenvolver incontinência com o decorrer da idade, outros ficam com vergonha de procurar um profissional e relatar o problema; o que acaba limitando os casos tratados. É necessário verificar o que está ocasionando a condição para tratar e haver a melhora. Não é algo normal”, explica o médico.
Além de esclarecimentos sobre os principais problemas que levam à perda involuntária da urina, foi realizada uma prática com os presentes demonstrando exercícios específicos que auxiliam no fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico e que fazem parte do tratamento para alguns diagnósticos.
“A musculatura responsável pelo controle da urina enfraquece como acontece em outras áreas do corpo. É de suma importância que seja trabalhada tanto para prevenção desse problema, como tratamento. A atividade física precisa ser regular para que o resultado seja mantido”, explica a fisioterapeuta Débora S. Tavares da Mota.
A incontinência urinária é um problema relativamente comum, que pode atingir todas as faixas etárias e acaba sendo constrangedor para quem a desenvolve. Os profissionais da CSMI relatam que alguns pacientes antes de buscar tratamento acabam se isolando socialmente por vergonha do mau cheiro, deixam de fazer passeios e atividades que faziam, podendo entrar em depressão e até mesmo deixam de tomar medicamentos para outros problemas de saúde, o que pode desencadear mais prejuízos à saúde.
SMCS / Foto Carlos Poly