Araucária

Araucária promove 1º Curso de Patrulha Maria da Penha com foco no combate à violência doméstica

Capacitação reúne agentes de segurança de sete municípios e destaca importância da atuação humanizada no atendimento a mulheres vítimas de agressão

A Guarda Municipal de Araucária (GMA) realiza, até o dia 10 de abril, o 1.º Curso de Patrulha Maria da Penha, voltado a profissionais da área de segurança pública. A capacitação acontece na sede da GMA e conta com a participação de guardas municipais de Campo Largo, Colombo, Fazenda Rio Grande, Pinhais, São José dos Pinhais e Telêmaco Borba, além de policiais militares do 29.º Batalhão da Polícia Militar de Pinhais.

O curso é promovido pela Patrulha Maria da Penha de Araucária e tem como principal objetivo formar agentes preparados para atuar no atendimento a vítimas de violência doméstica, com base na aplicação da Lei Maria da Penha e na articulação da rede de proteção. Entre os temas abordados estão a legislação específica, abordagem humanizada e estratégias de integração entre os diversos órgãos envolvidos.

A cerimônia de abertura contou com a presença de autoridades locais e do sistema judiciário, como a vice-prefeita Tatiana Assuiti; o secretário municipal de Segurança Pública, Laércio Aguiar; a diretora-geral da Secretaria Municipal de Segurança Pública (SMSP), Jaqueline Dias; a secretária de Assistência Social, Amanda Nassar; e as juízas Débora Cassiano Redmond e Marina Lorena Pasqualoto.

Para a juíza Débora Redmond, a capacitação representa um reforço no compromisso da rede de proteção com a dignidade da mulher e o combate à violência. “A Patrulha Maria da Penha simboliza o elo entre o poder judiciário, o sistema de justiça e as mulheres que, por tanto tempo, tiveram suas vozes silenciadas”, afirmou.

A magistrada também destacou a necessidade de garantir que medidas protetivas não fiquem apenas no papel, mas sejam efetivamente acompanhadas. “Cada decisão judicial nessa área carrega o peso de proteger vidas”, completou.

A juíza Marina Pasqualoto, substituta da Vara Criminal de Araucária, ressaltou que cerca de metade dos 8 mil processos da comarca envolve casos enquadrados na Lei Maria da Penha. “Quando uma mulher pede ajuda, está tentando romper um ciclo de violência. Se não houver acolhimento técnico e humano, a chance de ela retornar ao agressor é grande”, alertou.

Ela concluiu reforçando o papel fundamental dos agentes de segurança: “São vocês que estão na linha de frente. A atuação precisa ser feita com sabedoria e sensibilidade”.

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Felipe Reis

Jornalista pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Tenho interesse em temáticas relacionadas à Politicas Públicas, Cultura, Diversidade e Inclusão, Educomunicação e Meio Ambiente voltadas a multimidialidade. Atuo com a produção de noticias, entrevistas, notas e cobertura de eventos para os diversos meios de comunicação.

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