Depois do protesto de motoristas e cobradores que atrasou a saída de ônibus em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, na manhã desta terça-feira (24), a empresa responsável por operar o sistema, a Araucária TC, afirmou que a situação financeira é precária por culpa da desintegração do transporte coletivo na cidade. Segundo nota, o aumento no número de passageiros pulando catraca e a indefinição no pagamento de subsídios por parte do Governo do Paraná compromete o caixa da empresa.
A nota foi encaminhada à Banda B pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp). De acordo com o documento, a empresa pediu uma audiência de conciliação com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), a fim de chegar a uma solução quanto ao pagamento das rescisões dos 16 funcionários desligados, motivo da manifestação na manhã de hoje.
Após a mudança na integração do transporte coletivo neste ano, o custo da ida para Curitiba de quem sai de Araucária passou a ser de R$5,80. Manifestações foram feitas no terminal da cidade. Ao que parece, após as mudanças passageiros estão pulando catraca para evitar o pagamento da passagem. Se forem flagrados, podem ser presos em flagrante.
Confira a nota na íntegra enviada pela Setransp:
– com a desintegração do sistema de transporte coletivo, a Araucária TC vem sofrendo perdas em duas frentes: 1) chega a até 30% o volume de evasão de receita nos dois terminais do município em função de passageiros pulando catracas; 2) o governo do Estado ainda não definiu na sua totalidade o pagamento de subsídios, o que compromete o caixa da empresa;
– diante do exposto, a Araucária TC entrou nesta terça-feira com um pedido no Ministério Público do Trabalho (MPT) requerendo um encontro de conciliação com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), a fim de chegar a uma solução quanto ao pagamento das rescisões dos 16 funcionários desligados.
Com relação ao nova valor da passagem, definidno pela Copmec em fevereiro deste ano, o órgão, à época, falou o seguinte:
A COMEC, responsável pela definição das tarifas na RMC, justifica o pagamento das duas passagens (R$ 2,50 dentro de Araucária e R$ 3,30 para Curitiba) como uma decisão que vai beneficiar o desenvolvimento regional do município, fazendo com que as pessoas busquem mais serviços sem sair de Araucária. De acordo com o diretor-presidente do órgão, Omar Akel, 30% dos usuários de Araucária vêm para Curitiba e os outros 70%, que circulam na cidade, acabavam pagando a conta da distância maior. “Araucária tem um excelente sistema de transporte municipal e precisamos induzir o desenvolvimento regional”, afirmou Akel.