Cabelos viram os novos alvos de criminosos em Curitiba

Os criminosos do Paraná encontraram uma nova (e curiosa) maneira de lucrar e, em alguns casos, lucrar muito. Desde o ano passado os assaltos contra salões de beleza se tornaram recorrentes no estado. Desde o ano passado, foram pelo menos 23 ocorrências registradas, das quais 20 a partir do segundo semestre de 2015. O alvo são as tinturas e cabelos naturais usados para fazer alongamento, conhecido como mega hair.

Os ladrões agem normalmente em dupla e rapidamente. Um dos últimos casos foi registrado em junho do ano passado, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. O salão não tinha ainda nem inaugurado. Os criminosos levaram tudo e deixaram um prejuízo de R$ 20 mil em equipamentos. O segundo caso, mais recente, foi registrado em fevereiro deste ano, quando três criminosos invadiram um salão de belezas do bairro Batel e levaram mais de R$ 100 mil em cabelos que seriam usados em mega hair.

De acordo com o delegado-adjunto Pedro Filipe de Andrade, da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), os casos em Curitiba são pontuais. “O que acaba chamando muito a atenção é pelo que foi roubado, mas são objetos de valor, que os criminosos depois vendem”, explica.

Levantamento realizado pelo Bem Paraná com base em notícias publicadas pelos principais sites de notícias do estado, contudo, aponta na direção contrária. Desde o ano passado foram pelo menos 23 ocorrências registradas em todo o estado, quase metade em Curitiba. Somente em 2016 já foram 11 ocorrências no Paraná.

Segundo o delegado da Polícia Civil, existem quadrilhas especializadas neste tipo de crime na Capital. “A forma de atuação dos criminosos depende muito da especialização da quadrilha, nós temos algumas que agem aqui em Curitiba. Alguns vão para roubar caixa, outros já focam nos produtos. Sempre são pelo menos dois criminosos abordando o estabelecimento”, explica.

Aos empresários do setor, ele recomenda o uso da tecnologia como forma de combater o crime e também ajudar a polícia nas investigações. “Além de não resistir, depois do assalto o dono do salaõ deve chamar a Polícia Militar, para em seguida fazer o boletim de ocorrência na DFR ou na delegacia do seu distrito. É importante também trazer o maior número de informações possível, como placa de carro e características físicas”.

Bem Paraná