
O telefone Disque 100 da Secretaria Especial de Direitos Humanos do Governo Federal recebeu 1.359 denúncias de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes no Paraná, em 2014. Porém, o número é 20,8% menor que o de 2013 (1.718), e 24,4% que o de 2012 (1.798). Isso pode significar uma subnotificção, e preocupa.
Estima-se que para cada caso denunciado, dez sejam omitidos. “Frente ao abuso, a maior dificuldade é o tabu que existe na sociedde: o de falar sobre o assunto. Sexualidade é um tema constrangedor. Além disso, o abuso envolve uma questão familiar. Quem deveria proteger as crianças e adolescentes acabam os violando”, diz Flavio Freitas, da ONG Central de Notícias dos Direitos da Infância e Adolescência (Ciranda).
E quando o número de denúncias tem queda acentuada, uma luz amarela se acende. A tendência seria a de que a denúncias tivessem aumentado, o que demonstraria que as campanhas estariam surtindo efeito.
E este cenário é o mesmo no País. No ano passado, somando as denúncias de abuso e exploração sexual, foram 24.575 casos. Em 2013, a quantidade foi muito maior — 33.830 — e bem distante do ano de 2012, quando foram 39.631 denúncias recebidas no Disque 100.
Curitiba — Por enquanto, em Curitiba e região a tendência de aumento do número de casos de violência sexual ainda não se concretizou. Neste ano, 150 casos foram atendidos, o que leva a delegada do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) estimar que o total não seja maior do que os 300 casos atendidos no ano passado e dos 319 de 2013.
Dia de combate — Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de crianças e adolescentes. Para chamar a atenção para o tema, a Fundação de Ação Social (FAS) promove o 10º Seminário Municipal de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual contra crianças e adolescentes, no Salão de Atos do Parque Barigui.
Bem Paraná