Teve muita discussão, quase briga, mas a Câmara Federal aprovou, na noite de quarta-feira (27), a proposta que inclui na Constituição Federal a doação de empresas privadas a partidos políticos. A proposta foi aprovada por 330 votos a favor, 141 votos contra e uma abstenção.
A aprovação do financiamento privado de campanha aconteceu após uma manobra executada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que contou com o apoio de partidos de oposição, entre eles o PSDB.
A principal diferença entre o texto reprovado na terça (26) e o aprovado na quarta (27) é que o anterior permitia que empresas privadas doassem tanto a partidos quanto a políticos. Neste, as empresas só podem doar a partidos.
Com a proposta votada, doações passam a ser consideradas “constitucionais” e o julgamento do STF, paralisado por um pedido de vistas feito pelo ministro Gilmar Mendes, deverá ser revisto. O financiamento privado de campanha é visto por analistas políticos como uma das “portas” para a corrupção.