Araucária

Caminhoneiros liberam entrada de refinaria e acaba o risco de desabastecimento

O protesto que bloqueava desde a noite de domingo (10) a entrada da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, terminou na noite desta segunda-feira (11) e os caminhões-tanque puderam sair para abastecer postos de combustíveis em toda a região. A expectativa é que o abastecimento se normalize ainda na manhã desta terça-feira (12). Duas viaturas da Polícia Rodoviária Federal garantiram a saída dos caminhões. Ontem, o protesto bloqueou a entrada dos caminhões de abastecimento das empresas Raízen, BR e Ipiranga, que distribui 23 milhões de litros de combustíveis por dia. Alguns postos de Curitiba e região Metropolitana ficaram sem gasolina ou etanol. Caso o protesto continuasse, havia o risco de desabastecimento.

A interdição fazia parte do protesto de um grupo de pessoas sem nenhuma ligação sindical. O protesto acabou de forma pacífica. De acordo com Rubio Tercila,  um dos organizadores do movimento, o protesto desta segunda-feira foi nacional e começou na semana passada. “Nossa mobilização tem como foco o Brasil como um todo, a defesa do território nacional e um repudio ao extremo aos governos do Brasil. A classe político-partidária, que usurpou e sequestrou o poder do estado. Referente a uma legislação totalmente fraca, que não pune rigorosamente e não devolve de forma coerente o que, digamos, o crime organizado no poder do Brasil realiza contra o povo brasileiro e o território nacional”, disse.

O empreiteiro de obras, José Carlos Souza, abasteceu seu carro na manhã desta terça-feira sem problemas. Para ele, só vale este tipo de protesto se, de fato, provocar uma redução no preço dos combustíveis. “Este tipo de protesto preocupa porque a gente depende do carro pra trabalhar, mas que o combustível está caro, com certeza. O litro da gasolina passou de 4 reais. Só valeria um protesto deste com todo o transtorno se de fato o preço caísse. Do contrário, a gente só acaba sendo ainda mais prejudicado”, afirmou.

Ontem, alguns postos de Curitiba e região relataram falta de gasolina, principalmente. Outros ficaram com o estoque baixo. Mas, segundo o Sindicombustíveis-PR, sindicato que representa os postos de todo o estado, não houve o risco de desabastecimento geral em Curitiba.

Tercila admitiu que o  protesto ocorreu justamente para causar falta de combustível para os veículos. “Queremos que falte combustível em geral para que os cidadãos entendam que precisam parar o Brasil junto conosco”, concluiu.

Além da Repar, mobilizações aconteceram nos portos de São Francisco (SC) e Santos (SP).

Em nota, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis-PR) informou que é contrário a este tipo de manifestação, que penaliza consumidores, empresários e a sociedade como um todo, uma vez que cria dificuldades para o abastecimento de combustíveis, fundamentais para a movimentação da economia.

Não há a confirmação de novos protestos irão ocorrer nos próximos dias.

 

BANDAB

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Aécio Novitski

Idealizador do Site Araucária no Ar, Jornalista (MTB 0009108-PR), Repórter Cinematográfico e Fotógrafico licenciado pelo Sindijor e Fenaj sobre o número 009108 TRT-PR

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