Cansou de tanta chuva? O janeiro “molhado” de 2018 não foi exceção

O Instituto Tecnológico Simepar confirmou nesta segunda-feira (29) o que os curitibanos sentiram na pele neste mês de janeiro: foram apenas cinco dias sem qualquer gota de chuva. O levantamento foi realizado com base nos registros da estação meteorológica no bairro Jardim das Américas, onde fica a sede do Simepar em Curitiba.

Somente nos dias 3, 4, 5, 7 e 15 de janeiro não foram detectadas chuvas nesta área de Curitiba, o que não significa que em outros locais da cidade e da Região Metropolitana não possa ter chovido. A impressão do curitibano também é reforçada pela quantidade de chuva registrada em janeiro: foram 253 milímetros até hoje, contra a média história de 184 milímetros.

O que chama ainda mais atenção é que a enorme quantidade de chuvas no início do ano não é “exclusividade” de 2018. Segundo o próprio Simepar, em janeiro de 2017 foram apenas sete dias sem precipitação; em janeiro de 2010 e 2011, cinco dias sem chuvas.

“Um ciclo de chuvas mais representativas é normal no verão diante do fluxo de umidade somada ao calor, independentemente de deslocamento de frente fria. Isso já não acontece em outras estações, como no outono, que não tem o aquecimento ou a umidade suficiente. Já no verão existe esse aquecimento diurno, resultando em pancadas de chuvas no fim do dia”, explica o meteorologista do Simepar, Fernando Mendes. De acordo com ele, neste ano, houve a condição de manutenção das taxas de umidade muito elevadas, favorecendo a ocorrência de chuva.

A precipitação acima da média não foi exclusividade de Curitiba ou da região leste do Paraná. Segundo o Simepar, em Foz do Iguaçu, as chuvas atingiram 293 milímetros, contra a média de 175 milímetros em janeiro; em Londrina foram 341 milímetros, e a média histórica é de 234 milímetros. “Ainda há expectativa de alguma chuva entre esta segunda e terça-feira. A partir de quarta, essa condição de chuva deve amenizar”, salienta Mendes.

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