
A Polícia Civil de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, investiga cerca de 30 homens por estupros contra uma mulher que foi mantida em cárcere privado por seu padrasto durante 22 anos. A vítima, de 29 anos, conseguiu fugir e denunciar o agressor.
De acordo com a investigação, o suspeito, de 51 anos, não apenas abusava da enteada, mas também marcava encontros para que ela fosse estuprada por desconhecidos. A vítima era obrigada a não usar qualquer tipo de método contraceptivo, pois, segundo o delegado, o padrasto queria que ela engravidasse. Ela teve três filhos, de 6, 9 e 13 anos.
A mulher relatou que o agressor preparava o quarto para os abusos, enquanto as crianças dormiam em um cômodo ao lado. O suspeito usava uma faca para intimidar a vítima e garantir que ela não se recusasse. Os abusos começaram quando ela tinha apenas 7 anos e a primeira gravidez ocorreu aos 16.

Em depoimento a uma equipe de TV, a vítima contou que um dos homens chegou a questionar se ela estava à vontade, mas o padrasto respondeu por ela, dizendo: “Ela quer!”. A mulher também disse que alguns dos abusadores eram monitorados pela Justiça, e que um deles usava tornozeleira eletrônica.
O suspeito, que foi preso em flagrante na última semana, nega todas as acusações e afirma “desconhecer” os crimes. A polícia agora trabalha para identificar os homens que participaram dos abusos, com base em vídeos e outras evidências coletadas na investigação. O agressor permanece sem defesa constituída.