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COLUNA PSICOLOGIA NO AR: Lindando com o luto

Por Andressa Kasecker – Araucária no Ar

“A morte como perda nos fala, em primeiro lugar, de um vínculo que se rompe de forma irreversível, sobretudo quando ocorre perda real e concreta. Nesta representação de morte estão envolvidas duas pessoas: uma que é ‘perdida’ e a outra que lamenta esta falta, um pedaço de si que se foi. O outro é em parte internalizado nas memórias e lembranças. A morte como perda evoca sentimentos fortes, pode ser então chamada de ‘morte sentimento’ e é vivida por todos nós. É impossível um ser humano que nunca tenha vivido uma perda. Ela é vivida conscientemente, por isso é, muitas vezes, mais temida do que a própria morte. Como esta última não pode ser vivida concretamente, a única morte é a perda, quer concreta, quer simbólica” (KOVACS, 1992).

O medo da morte é tido como normal dentre os seres humanos, ele é construído dentro de nós desde sempre. Quando falamos sobre morte estamos falando sobre o desconhecido, aquilo que temos certeza de que um dia precisaremos enfrentar, porém não sabemos nem quando, nem como e nem onde.  O desconhecido nos causa desconforto, por que não temos controle sobre ele.

Com a perda de um ente querido somos forçados a romper vínculos e tudo que neste vínculo esta incluído, por exemplo, o carinho, reconhecimento, proximidade, troca, e diversos outros sentimentos e situações que nos precisamos romper com a ausência da pessoa.

Elaborar o luto é aprender a viver os sentimentos como eles realmente são, o choro, a tristeza, a necessidade de falar, a raiva, desapontamento e todas as formas que a pessoa pode vir a sentir, lembrando que somos todos diferentes, portanto vivenciamos o luto de diferentes formas.  Viver o luto é um processo lento que precisa ser realizado passo a passo, para que cada um destes passos possa ser superado de uma forma mais saudável e a pessoa reaprenda a viver com novas perspectivas. Frases como : “Não chore, não seja fraco, ele não gostaria de te ver assim” nem sempre ajudam, portanto cuidado ao utiliza-las, respeite o sofrimento da pessoa e entenda seu momento.

Algumas pessoas acabam por sentir os sintomas do luto com frequência, por um longo tempo e persistentemente, nestes casos podemos perceber que alguma das fases do luto não foi vivenciada corretamente, e a superação não chega.  Respeite seu sentimentos, mas se lembre que não se pode deixar ser dominado por eles por um longo período de tempo, a superação é necessária para que continuemos vivendo.

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Aécio Novitski

Idealizador do Site Araucária no Ar, Jornalista (MTB 0009108-PR), Repórter Cinematográfico e Fotógrafico licenciado pelo Sindijor e Fenaj sobre o número 009108 TRT-PR

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