O comando nacional de greve do servidores da Previdência Social aprovou na noite desta quinta-feira (24) a suspensão da greve da categoria, que completou 80 dias. Os estados farão assembleias individuais e a tendência é que todos sigam o indicativo do comando nacional. No Paraná, a votação está marcada para as 13 horas desta sexta-feira (25).
Nesta quinta, um dos diretores do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho Previdência Social e Ação Social do Paraná (Sindprevs), Nelson Malinowski, já havia adiantado que a possibilidade de que os servidores do estado voltem ao trabalho é grande. Nesta sexta, Jaqueline Mendes de Gusmão, também do sindicato, declarou que, apesar da orientação, o clima ainda é de incerteza.
“A assembleia é soberana e vamos fazer o que ali for votado. Eu não me arrisco a prever o resultado da assembleia, mas, é claro que a tendência está voltada para isso [fim da greve]”, disse.
O Sindprevs estima que desde o início da paralisação, que tem cerca de 90% de adesão dos servidores, 200 mil pessoas tenham deixado de ser atendidas em todo o Paraná. Procurado, o Ministério da Previdência Social disse que não tem informações regionais sobre o impacto da greve nos atendimentos.
Nova proposta
Os funcionários aceitaram a proposta de reajuste de 10,8%, sendo a primeira parcela de 5,5%, em 1º de agosto de 2016, e a segunda de 5%, em 1º de janeiro de 2017. O acordo com o governo prevê a devolução dos valores descontados dos servidores durante a greve.
A reposição dos trabalhos que deixaram de ser feitos durante a paralisação será feita na jornada normal dos servidores. A primeira proposta apresentada pelo governo impunha a reposição fora do horário normal e com jornada estendida.
No Paraná, conforme Malinowski, na retomada dos trabalhos os servidores deverão dar prioridade a serviços como licença maternidade, pensão por morte e aposentadoria de pessoas desempregadas. Eles devem trabalhar em mutirão para que boa parte das pendências possa ser resolvida até dezembro. De acordo com o Sindprevs, pedidos para dar entrada em processos de aposentadoria só devem reagendados para 2016.
Gazeta do Povo