
Preso em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável, o comerciante suspeito de abusar de uma funcionária de 14 anos entrou em contradição durante seu depoimento na Delegacia de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba, o que deu tranquilidade para a Polícia Civil realizar a autuação nesta terça-feira (8). De acordo com a delegada Giselle Ortega, o detido nega o crime, mas a versão da vítima é bastante contundente.
À Banda B, a delegada explicou que as contradições estão relacionadas ao acesso à residência. “Ele nega o crime, mas entra em contradição ao afirmar que a vítima nunca teve acesso à residência dele. Questionei três vezes, mas ele dizia que a adolescente não teria condições de dizer a disposição dos móveis da residência, porque nunca tinha entrado ali. Em contato com ela, tivemos a indicação e ele manteve a contradição. Diante disso e da versão contundente dela, agimos com tranquilidade para a autuação de estupro de vulnerável”, disse.
Segundo a delegada, o acusado ainda omitiu ter ido com a vítima em uma lotérica durante a tarde.
O crime
A adolescente procurou a polícia ainda na noite desta terça-feira (7). Em depoimento, ela relatou que teria ido com o comerciante até uma lotérica e, no retorno, ele ofereceu uma bebida alcoólica com refrigerante. “Após ter ingerido dois copos, ela não se recorda de mais como chegou até o andar de cima. Teria acordado três horas depois, despida, com o braço direito amarrado na cadeira e com um sangramento na região da genitália”, descreveu a delegada.
No depoimento, a adolescente descreveu ainda que não conversou com o agressor e que ele apenas teria dado um sorriso.
A vítima trabalhava no comércio há cerca de duas semanas.
Reação
Após o relato da adolescente à polícia, vizinhos se revoltaram e destruíram o bar e o carro do acusado. Ao todo, segundo a Polícia Militar, cerca de 200 pessoas ficaram em frente ao comércio com objetivo de linchar o comerciante.
Banda B-09/01/2019