
Dia 11 de outubro é o Dia Mundial da Obesidade. Considerada uma doença crônica, a obesidade vem apresentando números que merecem atenção. De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2017 do Ministério da Saúde, no Brasil 18% da população é obesa e 54% está com excesso de peso. Curitiba é a capital com a segunda maior prevalência de sobrepeso e obesidade do Brasil: 18,6% da população está obesa e 52,8% possui excesso de peso.
A saúde começa com a educação. Por isso, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia & Metabologia – Regional Paraná está fazendo uma série de vídeos nas redes sociais para alertar a população sobre a obesidade e suas consequências. Para a endocrinologista e presidente da SBEM-PR Silmara Leite, é preciso conscientizar a população de que a prevenção da obesidade começa com pequenas atitudes no nosso dia a dia.
Causas
O excesso de peso pode estar ligado à genética, à má alimentação ou, por exemplo, a disfunções endócrinas. Por isso, antes de qualquer método para a perda de peso, é importante consultar um médico endocrinologista. “O tratamento da obesidade deve ser feito com mudanças no estilo de vida, associado ao uso de medicamentos quando o IMC (Índice de Massa Corporal) for maior do que 27.5 kg/m2. A consulta médica é fundamental para que o tratamento seja individualizado com a segurança necessária. O tratamento de maior eficácia se faz com equipe multidisciplinar incluindo o educador físico, psicólogo, nutricionista e endocrinologista”, acrescentou a endocrinologista da SBEM-PR Salma Ali El Chab Parolin.
Consequências
A obesidade é uma doença que merece ser tratada com respeito por estar frequentemente associada a outras doenças crônicas, como o diabetes, a hipertensão arterial, a artrose e até alguns tipos de câncer. “Por isso”, alerta a endocrinologista da SBEM-PR Rosana Radominski, “é de fundamental importância conscientizar o paciente sobre as implicações da doença na saúde dele”.
Tratamento
O tratamento para a obesidade deve ser feito de maneira multidisciplinar, conhecendo sempre o histórico do paciente e fazendo as mudanças necessárias na rotina dele.
Segundo a endocrinologista da SBEM-PR Adriane Maria Rodrigues, a obesidade não tem uma única causa e também não tem um só tratamento nem cura, é uma doença crônica. Mas há diversos pontos que podem ser modificados, a começar pela alimentação. “É preciso resgatar a amizade com o alimento, dando tempo, atenção e a devida importância que ele tem. Precisamos reconhecer o papel da alimentação na saúde física e emocional, evitar alguns medicamentos que possam promover o reganho de peso e também evitar medicamentos que promovem a perda de peso sem a devida segurança cardíaca. É importante sempre colocar na balança os riscos e benefícios do tratamento escolhido, sem se esquecer de se mexer. Vida é movimento”, finaliza a especialista.
Massa News – 11/10/2018