
Curitiba será a primeira cidade do Brasil a receber uma fábrica de vacinas de tecnologia de vetor viral e medicamentos para tratamento de doenças autoimunes, como o câncer. O anúncio foi feito, na terça-feira (28), durante uma reunião entre o governador Ratinho Junior (PSD), o prefeito Rafael Greca (União) e representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O investimento para consolidação do Parque Tecnológico da Saúde, na Cidade Industrial de Curitiba, será de mais de R$ 200 milhões. No local, estão instalados Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), o Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná) e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP).
As obras estão previstas para começar ainda em 2022. A fábrica deve produzir insumos para vacinas e produtos biotecnológicos de nova geração.
Ratinho Junior acredita que a construção irá transformar o Paraná em um novo polo de vacinas no país.
“Hoje é um dia histórico para o Estado do Paraná, por atrair um investimento em biotecnologia e por consolidar a atuação de três institutos consagrados no país, o Tecpar, a Fiocruz e o IBMP. O parque tecnológico será um polo de produção de vacina, um ativo muito importante para apoiar no enfrentamento de doenças, como a pandemia do coronavírus nos mostrou. Esse investimento fortalece a atuação do Paraná na área da saúde”, salientou.
O vice-presidente de Produção em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, destacou que fortalecer o Parque Tecnológico da Saúde vai ampliar a capacidade industrial no Brasil de produtos biotecnológicos e vacinas.
“Hoje consolidamos, com esse investimento, a parceria entre os institutos para produzir insumos importantes para vacinas, atuais e de nova geração, além de novas terapias avançadas para doenças raras e câncer. O parque tecnológico assume caráter estratégico para garantir autonomia do Brasil nessas novas tecnologias”, detalhou.
Para o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, o investimento reforça o potencial biotecnológico da capital paranaense.
“A biotecnologia é uma das áreas estratégicas de Curitiba e o fortalecimento do parque tecnológico localizado na CIC, com essas três instituições, traz um novo tempo de inovação e inovação só vale quando se torna um processo social, como estamos vendo com essa parceria”, disse.
Estrutura
A ideia é instalar duas plantas da área de biotecnologia. A primeira unidade é destinada ao desenvolvimento e produção de vacinas e insumos para terapias avançadas a partir de terapia gênica (que utiliza vetores, como moléculas de DNA do agente infeccioso para dentro da célula humana, para criar anticorpos).
A outra unidade será montada até 2023 para desenvolvimento e produção de novos medicamentos para doenças autoimunes a partir de proteínas terapêuticas.
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