AraucáriaBrasil

E se a bomba atômica tivesse caído no centro de Araucária? Descubra os estragos

Para quem não viveu a terrível tragédia de Hiroshima e Nagasaki em 1945, a extensão da destruição é compreendida pelos inúmeros relatos do terror, pelo absurdo número de mortes e pelas imagens que documentam aquelas duas manhãs de 6 e 9 de agosto.

Uma ferramenta disponibilizada pela ONG norte-americana Public Radio International (PRI), no entanto, pode ajudar a ter uma noção mais palpável de como foi a tragédia, simulando-a em nossa realidade. Em um mapa com geolocalizador, o usuário pode “jogar” a bomba em qualquer cidade do mundo e analisar a sua devastação com base em perímetros de risco semelhantes aos do evento em Hiroshima.

Segundo a ONG, o objetivo da ferramenta é mostrar os riscos e a seriedade deste tipo de armamento, além de facilitar a compreensão dos lamentáveis eventos em Hiroshima e Nagasaki.

A Gazeta do Povo testou o aplicativo usando como ponto de queda do artefato a Praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba. E o resultado é assustador. Segundo a ferramenta, os estragos se estenderiam em um raio de 19 quilômetros, o que na nossa comparação significa danos também em municípios da região metropolitana:

Epicentro

No marco zero da explosão, uma região delimitada por uma raio de 0,5 milha (800 metros), 90% das pessoas morreriam carbonizadas instantaneamente pela explosão. Os sobreviventes teriam queimaduras tão severas que a probabilidade de sobreviver no longo prazo seria mínima. Mulheres grávidas sofreriam aborto espontâneo por conta da radiação descomunal. Esta area seria o centro de Araucária

Raio de 1,6 quilômetros

Compreende um trecho entre o parque cachoera (leste a oeste). Neste cenário, 80% das pessoas morreriam queimadas e todas as casas e prédios seriam destruídos pelo enorme deslocamento de ar em alta velocidade e temperatura que a explosão causaria.

Raio de 4,8 quilômetros

Da entrada do bairro Tupy ao Capela Velha. Neste raio, o deslocamento de ar ainda seria severo. A maioria das construções seria seriamente destruída.

Neste perímetro há mais chances de sobreviver à explosão. Porém, os riscos de ferir-se gravemente com os desabamento de imóveis seriam enormes. A onda de calor levaria poucos segundos para varrer esta área, o que tornaria fugir praticamente impossível.

19 quilômetros

Uma área de Piraquara a Campo Largo e de Colombo ao bairro Umbará. Neste perímetro, as casas estariam seguras, mas teriam os vidros todos quebrados. O risco para os humanos, neste cenário, seria se ferir com os estilhaços.

Outros simuladores

O simulador é fácil de usar, mas está disponível apenas em inglês. Quem quiser testar pode acessar gratuitamente a ferramenta, que segundo a ONG foi desenvolvida para manter viva a preocupação com os riscos nucleares.

Outro simulador disponível na web, este desenvolvido pelo cientista Alex Wellerstein, do Stevens Institute of Technology, permite cálculos ainda mais precisos e com a possibilidade de conhecer o estrago causado por outras variedades de bombas — incluindo a mais potente do mundo, de hidrogênio.

Receba notícias no seu WhatsApp.

Leitores que se cadastrarem no serviço serão incluídos em uma lista de transmissão diária, recebendo no celular as principais notícias do dia.

Aécio Novitski

Idealizador do Site Araucária no Ar, Jornalista (MTB 0009108-PR), Repórter Cinematográfico e Fotógrafico licenciado pelo Sindijor e Fenaj sobre o número 009108 TRT-PR

Leia também

Botão Voltar ao topo

Notamos que você possui um
ad-blocker ativo!

Produzir um conteúdo de qualidade exige recursos. A publicidade é uma fonte importante de financiamento do nosso conteúdo. Para continuar navegando, por favor desabilite seu bloqueador de anúncios.