O fim de 2015 deverá ser de caos para o sistema de transporte público na capital. Os empresários do setor enviaram, nesta quinta-feira (26), um ofício ao Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) em que informaram não ter dinheiro para pagar o 13.º salário deste ano, que precisarão demitir cerca de 2 mil funcionários nos próximos meses e que as rescisões serão negociadas, pois não há recursos para o pagamento de um só vez.
De acordo com a assessoria do sindicato, essas condições não serão aceitas. A categoria ameaça entrar em greve caso a situação não seja resolvida.
Curitiba conta hoje com uma frota de 1.368 ônibus e o sistema é operado por cerca de 16 mil empregados – entre motoristas e cobradores. Se as demissões forem realmente efetivadas, ainda não se sabe como ficariam as novas escalas de trabalho. Nesta quinta-feira, o prefeito Gustavo Fruet (PDT) estava reunido com o presidente da Urbs , Roberto Gregório Junior, para discutir o problema.
As empresas que fazem o transporte público da capital têm pressionado a prefeitura para ampliar o valor da tarifa técnica. No fim de setembro, a Urbs fixou a tarifa técnica de 2015 em R$ 3,21. Os empresários pediam o valor de R$ 3,40 e chegaram a levar a questão à justiça, que negou o pedido
Em entrevista pela manhã à Gazeta do Povo, Fruet afirmou que recebeu a notícia do ofício durante a madrugada desta quinta-feira e admitiu não ter solução de imediato. “Vou me debruçar sobre o assunto de hoje até segunda-feira (30)”, disse.
A reportagem procurou a assessoria do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), que prometeu um retorno durante a tarde.
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