A bola de fogo vista por moradores de diversas cidades do Oeste do Paraná na noite desta terça-feira (22) agora é objeto de estudo de especialistas, para confirmar oficialmente se o fenômeno se trata de um meteoro ou até mesmo de um meteorito. Segundo o doutor em Física, Carlos Coimbra, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o estrondo ouvido na região de Palotina e Assis Chateaubriand pode ter sido as ondas sonoras causadas no momento em que o objeto passou pela atmosfera ou o barulho do impacto dele com o solo.
Cerca de 150 caem por ano em todo o planeta e, em uma região particular, a frequência é muito baixa. É por isso que esse fenômeno atiça a imaginação das pessoas. Por enquanto, nós não temos informações oficiais se realmente se trata de uma formação rochosa que pegou fogo ao entrar na atmosfera, ou seja, de um meteoro, ou se o objeto realmente caiu na Terra, o que o caracterizaria como meteorito”, explicou o professor em entrevista à Banda B na tarde desta quarta-feira (23).
Segundo ele, existe, ainda, a possibilidade de se tratar de um pedaço de lixo espacial. Em qualquer um dos casos, se o objeto caiu, ele deixou uma marca e, possivelmente, fragmentos espalhados pelo solo. “Se o meteorito tem uma dimensão maior, pode se estilhaçar ao entrar na atmosfera, pegar fogo, e alguns pedaços podem se chocar no chão. O mais comum, no entanto, é o meteoro, que não chega a cair e é mais conhecido como estrela cadente”, completou Coimbra.
Fim do mundo?
A passagem da bola de fogo pelo céu do Oeste do Paraná fez com que aparecessem novas teorias sobre o fim do mundo. De acordo com o professor, essa hipótese só seria possível se um asteroide de pelo menos 40 metros de diâmetro se chocasse contra a Terra.
“A Nasa tem um programa de monitoramento de meteoros e não há nenhuma previsão de que um dessas dimensões passe muito perto do planeta. A possibilidade de isso acontecer é de uma em 100 milhões, a mesma de uma pessoa jogar um grão de areia e acertar outro grão em quilômetros de distância. Então não há motivos para se preocupar com o fim do mundo”, concluiu o astrofísico.
BandaB