Brasil

Fabricantes de chocolates apostam em vendas 20% maiores nesta Páscoa de 2018

A Páscoa chega mais cedo em 2018, no dia 1º de abril, e vem com a expectativa de crescimento na produção e nas vendas de 5% a 20% entre os fabricantes de chocolates, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab). A entidade realizou, no final de janeiro, o Salão de Páscoa Abicab 2018, em que os fabricantes presentes se mostraram otimistas, com 120 lançamentos (mesmo número que no ano anterior).

“Esperamos que haja recuperação. A expectativa é boa, as empresas preveem uma melhora do mercado, porque os preços estão estáveis, já que a inflação foi reduzida. A aposta é nas novidades e brindes para atrair o consumidor”, diz o presidente do Sincabima – Sindicato das Indústrias de Cacau e Balas, Massas Alimenticias, Biscoitos de Doces e Conservas Alimenticias do Paraná, Rommel Barion.

A Lacta, da Mondeléz Brasil, vem com dez lançamentos esse ano, sete a mais que em 2017, com inovações na linha infantil (interações via aplicativos), os Mini Ovinhos Hora de Aventura e lançamentos em tripla camada para a linha adulta, em latas presenteáveis (Oreo, Diamante Negro com Laka e o retorno do Ouro Branco, que ficou fora das prateleiras ano passado).

A expectativa de vendas da empresa é boa, segundo o gerente de Marketing de Chocolates Sazonais Mondeléz Brasil, Ricardo Reis, uma vez que já há crescimento de mercado durante a Páscoa. “O fim de ano é um bom indicador de recuperação da economia e reflete um momento melhor para a Páscoa. Em 2017, apesar da crise, também tivemos bom resultado, conquistamos 4,1 pontos percentuais de share”, comenta o gerente.

A indústria parananese Barion também teve incrementos em seu projeto de produção de Páscoa, que envolve investimentos em embalagens, mão de obra,  novos produtos e canais de distribuição, com uma expectativa de crescimento de 10% no volume de vendas e a fabricação de mais de 600 mil unidades de produtos. Dentre os lançamentos estão itens como o Ovo Tubetes* Paçoca, Ovo Crocante, ovos infantis com novos brindes e coelhinhos de chocolate que terão parte do lucro das vendas revertido para o Hospital Pequeno Príncipe.

Uma novidade é a nova linha da empresa destinada a transformadores. “São cascas de ovos, que vendemos na nossa loja da fábrica, no nosso televendas ou por meio de distribuidores e lojas especializadas, para atender o público que faz produtos para revender em pequenas lojas ou no mercado informal”, explica a gerente de Marketing da empresa, Fernanda Barion. Segundo ela, a procura superou as expectativas: “a fabricação das cascas vai precisar ser ampliada, porque tudo que produzimos já foi vendido”, comemora.

A indústria também é responsável pela produção para grupos de varejo e franquias. “Nós trabalhamos durante esse período de forma diferenciada. Nossos canais de venda são a nossa loja de fábrica (onde esperamos receber mais de 11 mil pessoas); a venda direta nas empresas, com exposições e feiras a preço de fábrica, e a produção terceirizada”, detalha.

Em 2017, o Brasil produziu 9 mil toneladas de chocolate e 36 milhões de ovos para a data comemorativa, volume 38% menor que o de 2016. A queda na produção dos últimos três anos já acumula 50%. No entanto, o consumo de chocolates cresceu 8% no primeiro semestre de 2017 em relação ao mesmo período de 2016, enquanto a produção se manteve estável e seguiu constante no semestre seguinte, terminando o ano com leve crescimento.

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Aécio Novitski

Idealizador do Site Araucária no Ar, Jornalista (MTB 0009108-PR), Repórter Cinematográfico e Fotógrafico licenciado pelo Sindijor e Fenaj sobre o número 009108 TRT-PR

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