
Familiares do jovem morto a facadas em Almirante Tamandaré se reuniram na manhã deste domingo (19) para protestar por justiça, após João Pedro, ter sido brutalmente assassinado no último feriado de 1° de maio. O corpo foi encontrado no meio da Rua Rio Purus, no bairro Lamenha Grande, no município da Região Metropolitana de Curitiba.
Cerca de 100 pessoas, entre amigos e familiares, estiveram presentes para uma manifestação que, segundo eles, tem como objetivo ‘limpar a imagem’ da vítima. De acordo com a viúva de João Pedro, Renata Xavier, de 22 anos, o marido era carinhoso e não tinha histórico de violência. “Ele alegrava todo mundo, eu convivia com ele todos os dias e posso comprovar. Não tinha inimizades com ninguém. Queremos que tudo seja esclarecido para não manchar a imagem do meu marido, que não merecia ter morrido dessa forma”, afirmou.
Já o primo da vítima, que se identificou apenas como Ginielson, disse que a versão de que João teria sido morto após uma tentativa de estupro é mentirosa e que tudo será esclarecido nas investigações. “Nosso principal objetivo aqui hoje é mostrar quem foi o João Pedro. Temos aqui parentes e amigos que podem apagar essa versão fantasiosa de que jogaram na mídia. Ele não era criminoso”, revelou.
Relembre o caso
O pai de João Pedro, Florisval Silva, matou o assassino do filho de 22 anos com um tiro na cabeça. O homem foi preso na manhã do dia 6 de maio, confessando o crime: “Primeiro ele riu na minha cara quando perguntei por que tinha matado meu filho. Daí, troquei meu carro por uma arma, dei mais um dinheiro, voltei e dei um tiro na cabeça dele. Sei que não podia fazer isso, mas estou com a alma lavada”, disse o pai, já na prisão.
A nora de Florisval condenou a ação do sogro, durante a manifestação. “Eu acho que ele não agiu da forma certa, mas pai é pai, né? A justiça tinha que vir das autoridades, mas agora já está feito, e agora ele vai ter que pagar pelo que fez”, lamentou.
Família do suposto assassino
Na semana passada, a reportagem ouviu os pais de Lincoln, suspeito de assassinar João Pedro. Eles disseram que perdoam a atitude do pai, que vingou o crime do filho. O casal Silvana Martins e Diniz de Lima acredita que o sentimento de vingança não deve permear as atitudes nesse momento e questiona sobre uma possível injustiça cometida contra o filho: “Ele não fez sozinho”, disse a mãe. O crime aconteceu em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba.
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