
A virada de ano tem costumeiramente a queima de toneladas de fogos de artifício em todas as partes do mundo. Pela sua beleza, atrai a atenção de pessoas de qualquer idade. Mas também são perigosos quando mal manuseados. Só no Réveillon passado foram 40 pessoas que se feriram com os fogos apenas em Curitiba.
“Um rojão disparado pode chegar a 150 quilômetros por hora. Se atingir uma pessoa, pode causar queimaduras graves e até a morte”, afirma Daniel Ângelo, do Ciência em Show, especialista em explicar a ciência na TV. Por isso, insiste em que os fogos sejam usados por pessoas responsáveis e obedecendo as regras e instruções.
E quando são usados em grandes proporções, como na queima de fogos na praia de Copacabana, no rio de Janeiro, deve ser feito apenas por empresas especializadas. Os especialistas Wilson Namen, Gerson Julião e Daniel Ângelo, do Ciência em Show, explicam o funcionamento dos artefatos.
“Os fogos de artifícios funcionam como uma sequência progressiva e coordenada da queima de pólvora — mistura de enxofre, carvão e salitre (nitrato de potássio). Quando um pavio ou algum dispositivo eletrônico é acionado, ele fornece energia para que tudo aconteça. A primeira fase consiste em queimar pólvora suficiente para “disparar” uma segunda carga explosiva com outros produtos químicos. Assim que a bomba sai do cano de disparo o ciclo recomeça, ou seja, o calor produzido aciona a segunda queima da bomba disparada e o resultado todos conhecemos. A altura de cada foguete depende principalmente da carga explosiva na primeira fase. Quanto mais pólvora, mais energia, logo, maior distância percorrida”, diz Wilson.
Cores — “As cores dos fogos de artifício são obtidas através da adição de sais específicos na sua composição, especificamente misturado à pólvora que queima quando o foguete explode no alto. Cada sal produz uma cor diferente. Por exemplo, o cloreto de sódio, nosso velho conhecido sal de cozinha que usamos diariamente na alimentação, quando queimado, produz uma chama de cor amarela intensa. Então, quando os fabricantes planejam essa coloração, eles adicionam o cloreto de sódio”, explica Gerson.
As cores mais utilizadas e de onde vêm
Verde Mistura com sulfato de cobre
Amarelo Mistura com cloreto de sódio
Azul Mistura como cloreto de cobre
Branco Mistura com sulfato de magnésio
Vermelho Mistura com cloreto de estrôncio