
Os funcionários dos Correiros decidiram adiar a greve anunciada pela categoria para esta quinta-feira (1), depois de audiência de conciliação realizada ontem (31), com o vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Renato de Lacerda Paiva. Na reunião, foi acordada a prorrogação dos termos do atual acordo coletivo de trabalho até o dia 31 de agosto e a continuação das negociações entre a empresa e os trabalhadores, visando à superação de pontos de impasse.
De acordo com Silvana Mendes, diretora de comunicação do Sinticom (Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná), uma proposta foi apresentada à empresa pelos trabalhadores há 52 dias, e apenas nesta quarta-feira (31), com a iminência de uma greve, os Correios responderam com uma contraproposta que foi rejeitada pela categoria. “A proposta deles é miserável, com apenas 0,8% de reajuste salarial, o que não repõem nem as perdas inflacionárias. Além disso, ainda propuseram uma retirada total de direitos, com a exclusão dos nossos dependentes do plano de saúde e a diminuição do ticket refeição”, contou a diretora do Sinticom.
A proposta dos funcionários da empresa de correspondências exige reposição salarial de acordo com a inflação dos últimos 12 meses, mais 300 reais no salário, a manutenção dos benefícios e dos dependentes no plano de saúde. “Os Correios alegam não ter condições de dar um aumento de acordo com a inflação, mas sabemos que irão fechar o ano com lucros milionários. Em nossas últimas campanhas salariais, tivemos muitas perdas, pois não aconteceram reposições de acordo com a inflação. Os trabalhadores preferiram aceitar as perdes, mas garantir os benefícios”, explicou Mendes que disse ainda que a greve é um último recurso e que espera um acordo com a empresa.
“A greve é o último recurso do trabalhador para manter o seu direito e isso não é do nosso interesse. Queremos ser ouvidos e chegar a um acordo, por isso abrimos mão de deflagar uma greve e aceitamos a proposta do ministro de levar as negociações até o dia 31 de agosto”, afirmou ela.
No entanto, em assembleias da categoria realizadas em vários estados do país, nesta quarta-feira (31), o estado de greve foi aprovado, situação de alerta em que é mantida a mobilização para uma possível paralisação.
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