Os preços dos combustíveis podem ficar mais caros nas bombas dos posto de combustível a partir desta terça-feira (5). A Petrobras anunciou um novo aumento da gasolina de 3,3% e do diesel de 0,1% — o terceiro em cinco dias. Nos últimos reajustes consecutivos, a gasolina acumulou acréscimo de preço de 11,2% desde o dia 31 de agosto e o diesel ficou 8,94% mais caro desde o dia 29.
Se esse aumento for repassado imediatamente para as bombas o preço do litro da gasolina pode chegar a R$ 4,13. Em Curitiba o preço médio do litro da gasolina comum estava em R$ 3,71 (segundo última pesquisa da Agência Nacional de Petróleo e Gas (ANP). O valor considera o reajuste acumulado de 11,2%, caso o porcentual do aumento seja repassado integralmete aos consumidores.
A explicação para mais esse aumento é a passagem do furacão Harvey pelos Estados Unidos na semana passada, que levou ao fechamento de refinarias americanas e a uma disparada nos valores de referência.
A estatal disse em comunicado que o novo reajuste foi decidido por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP), convocado quando há necessidade de reajustar os combustíveis em mais de 7% para cima ou para baixo em um único mês.
O aumento é nas refinarias e está de acordo com a nova política de preços da estatal, que utiliza como base “o preço de paridade de importação, que representa a alternativa de suprimento oferecido pelos principais concorrentes para o mercado – importação do produto”, justifica em nota a estatal.
Após dois meses em vigor da nova política de reajuste do preço dos combustíveis, a Petrobras avaliou como positiva a mudança implantada em 3 de julho, com aumentos ou reduções quase diários da gasolina e do óleo diesel.
Para o consultor Adriano Pires, sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (Cbie), a política de ajustes é positiva para a empresa, que, segundo ele, tem conseguido diminuir a capacidade ociosa das refinarias e reconquistar mercado na venda de gasolina e de diesel no país.