Mesmo com a queda significativa nos casos de Covid-19, surge um novo alerta às pessoas que em algum momento foram infectadas com o coronavírus, especialmente pela variante ômicron – um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Pesquisadores do Smidt Heart Institute, em Los Angeles, destacam que a Covid pode estar servindo como um acelerador da diabetes, ou seja, pessoas que já são propensas a ter a doença e contraem o coronavírus podem desenvolver diabetes até 20 anos antes do previsto.
De acordo com o endocrinologista do SPA Estância do Lago Dr. Fabiano Lago, os estudos iniciais ligaram a incidência de diabetes tipo 2 apenas nos casos mais graves de Covid-19. No entanto, os últimos estudos mostram que, mesmo nos casos mais leves da variante ômicron, também aumentou a incidência de novos diagnósticos da doença.
“Acredita-se que seja por conta de um estado inflamatório que persiste por alguns meses após a contaminação pelo coronavírus, o que levaria a um quadro de insulinorresistência. Mais de 80% dos casos de diabetes são do tipo 2 e, assim como a tipo 1, se não for cuidada com atenção, pode causar uma série de complicações, principalmente cardiovasculares”, diz
Segundo o especialista, essa doença é conhecida como morte silenciosa já que os sintomas começam de forma leve e costumam aumentar de forma gradativa.
Sintomas para ficar atento
Fabiano ressalta que os pacientes precisam ficar atentos a sintomas como aumento da sede, frequência urinária, cansaço exagerado, falta de energia e dificuldade de cicatrização. Contudo, o médico reforça: a grande maioria dos pacientes tem totais condições de controlar a doença por meio de atividade física e reeducação alimentar.
Se os pacientes conseguirem perder peso e sair do sedentarismo durante a fase da chamada pré-diabetes, ou seja, na fase inicial do quadro da doença, existe a chance de reversão do quadro da doença com a normalização da glicemia.
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