A inflação oficial de Curitiba fechou o ano de 2018 em 3,38% – patamar superior a brasileira que ficou em 2,75%. A evolução dos preços de produtos e serviços é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foi divulgada nesta sexta-feira, 11. Em 2017, ela havia ficado em 3,42% em Curitiba, também acima da média nacional de 2,95% para o período.
Após apresentar variação negativa (-1,87%) no ano de 2017, impulsionado pela safra recorde, o grupo Alimentação e bebidas encerra 2018 com uma taxa acumulada de 4,04% no Brasil. Esse grupo responde por cerca de 1/4 das despesas das famílias e foi o principal impacto no ano com 0,99 p.p.A safra de 2018 ficou cerca de 5% abaixo da do ano anterior, sendo a segunda melhor da série histórica.
Em Curitiba, com oscilação positiva de 4,49%, o custo geral da alimentação foi o quarto maior do país, à frente do registrado em Porto Alegre (6,11%), Vitoria (4,95%) e Salvador (4,82%).
Cabe destacar que, no final de maio de 2018, ocorreu uma paralisação dos caminhoneiros ocasionando um desabastecimento que impactou os preços de diversos produtos alimentícios levando o grupo a apresentar uma variação de 2,03% em junho, a segunda maior para um mês de junho desde a implantação do Plano Real em 1994.
Em Curitiba, os preços dos alimentos para consumo em casa subiram 4,63%, enquanto a alimentação consumida fora de casa apresentou variação de 4,10%. Já a média nacional de preços dos alimentos para consumo em casa, cujo peso é 15,7%, apresentou alta de 4,53%, enquanto a alimentação consumida fora de casa, que pesa 8,8% no índice, apresentou variação de 3,17%.
O índice de 2018 foi influenciado, especialmente, pelas despesas com produtos e serviços dos grupos Habitação, com alta de 5,15% (4,72% Brasil), Transportes, com alta de 1,46% (4,19% no Brasil) e Alimentação e Bebidas, com alta de 4,04%. Juntos, estes três grupos somam 2,49 p.p., responsáveis por 66% do IPCA do País.
Em Curitiba,a variação positiva dos preços foi fortemente impactada pelo aumento de 16,07% de Combustíveis domésticos foi o que apresentou a maior alta isolada do grupo e também da média nacional, que ficou em 5,23% em 2018.
No grupo Educação, a oscilação positiva de 4,73% (5,32% nacional), foi puxada pelo desempenho de preços dos cursos regulares com alta de 6,35% (5,68% nacional).
No Brasil, o grupo Habitação, com 4,72%, foi o grupo que apresentou a segunda maior variação, com impacto de 0,74 p.p. Neste grupo, a principal influência veio do item energia elétrica, com variação acumulada no ano de 8,70% e 0,31 p.p. de impacto. Em 2018, a variação acumulada da energia elétrica (8,70%) ficou pouco abaixo da registrada no ano anterior (10,35%).
As regiões apresentaram variação entre -3,62% em Fortaleza e 17,67% em São Luís. Na primeira, o reajuste de 3,80% nas tarifas foi o menor dentre as áreas pesquisadas. Em São Luís, por sua vez, houve reajuste de 16,94%.
IPCA – Variação por regiões – mensal e acumulada no ano | ||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | |
Novembro | Dezembro | Ano | ||
Aracaju | 0,79 | -0,31 | 0,67 | 2,64 |
Rio Branco | 0,42 | -0,11 | 0,63 | 3,44 |
Salvador | 6,12 | -0,31 | 0,56 | 4,04 |
Belém | 4,23 | 0,00 | 0,48 | 3,00 |
Rio de Janeiro | 12,06 | -0,02 | 0,40 | 4,30 |
Brasília | 2,80 | -0,43 | 0,32 | 3,06 |
Porto Alegre | 8,40 | -0,42 | 0,26 | 4,62 |
São Luís | 1,87 | -0,11 | 0,25 | 2,65 |
Recife | 4,20 | -0,11 | 0,18 | 2,84 |
Fortaleza | 2,91 | -0,07 | 0,07 | 2,90 |
Campo Grande | 1,51 | -0,31 | 0,06 | 2,98 |
São Paulo | 30,67 | -0,30 | 0,03 | 3,68 |
Belo Horizonte | 10,86 | -0,09 | 0,01 | 4,00 |
Vitória | 1,78 | -0,30 | -0,01 | 4,19 |
Goiânia | 3,59 | 0,12 | -0,03 | 3,14 |
Curitiba | 7,79 | -0,26 | -0,17 | 3,38 |
Brasil | 100,00 | -0,21 | 0,15 | 3,75 |
Fonte:IBGE
Bem paraná-11/01/2019