
Os dois irmãos envolvidos em um acidente com um motorista embriagado no quilômetro 146 da BR-476, a Rodovia do Xisto, em Curitiba, morreram no hospital. O latoeiro Flavio Turra, de 30 anos, e o estudante Esmayllon Turra de Freitas, de 20, estavam em um Fiat Uno que foi atingido na traseira por um Honda Civic.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o condutor do Civic foi preso em flagrante, já que dirigia sob o efeito de bebidas alcoólicas. A equipe da PRF fez o teste de bafômetro no motorista, de 36 anos, que saiu ileso do acidente. O resultado apontou 0,68 miligrama de álcool por litro de ar expelido dos pulmões, quase o dobro do patamar que caracteriza, além da infração, crime de trânsito.
Aos policiais rodoviários federais, ele disse que voltava de uma festa em Curitiba, onde havia ingerido “muita bebida”. O motorista foi enquadrado nos crimes de embriaguez ao volante e lesão corporal grave, porém agora com as mortes confirmadas deverá responder por duplo homicídio.

Flavio e Esmayllon Turra morreram no acidente – Reprodução facebook
Acidente
O Civic atingiu a parte traseira de um automóvel Fiat Uno Mille, que acabou arremessado para fora de pista e capotou. Os dois homens que estavam no Uno ficaram presos nas ferragens e foram socorridos com lesões graves. Um deles foi reanimado antes de ser encaminhado ao hospital. Porém, os irmãos acabaram não resistindo e morreram no hospital.
Permanece preso
Em contato com a Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), o delegado Vinicius Augusto de Carvalho confirmou que o motorista permanece preso e não foi arbitrada nenhuma fiança. “Ele foi autuado em flagrante pelo artigo 302, que é homicídio culposo. Como são duas vítimas em óbitos e duas com lesões corporais, não foi arbitrada fiança e vamos aguardar a manifestação do Poder Judiciário. Vamos ouvir o depoimento dos dois sobreviventes, buscar imagens de câmeras da região e também novas testemunhas para concluir os autos”, afirmou o delegado.
Segundo o delegado Carvalho, o motorista parece não ter ainda muita noção da gravidade do ato que cometeu. “Normalmente, quando um motorista é preso embriagado, ele demora a ter consciência da gravidade do ato que provocou. Ele está preso e sem acesso a tudo que está ocorrendo, talvez nem saiba ainda da segunda morte. Depois de ouvirmos as testemunhas, vamos colher o depoimento dele novamente”, completou.
BANDAB