O Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba e Região (Sinpes) conseguiu, nesta quinta-feira (29), uma liminar na Justiça que suspende a extinção dos sete cursos e da demissão de 135 docentes da Faculdade Evangélica do Paraná (Fepar). Com a decisão, mais 105 auxiliares da administração escolar também terão os empregos mantidos.“O desembargador Arion Mazurkevic entendeu as denúncias realizadas pelo Sinpes de que não era possível administrar a crise com o fechamento de sete cursos e demitir os professores em 24 horas. Com a suspensão, os problemas relacionados aos direitos trabalhistas seriam muito maiores para a instituição”, explicou o vice-presidente do Sinpes, Valdyr Perrini, em entrevista.
Com a nova liminar, o administrador responsável deverá cumprir a determinação original e checar de forma completa as condições financeiras da Fepar junto com um representante da Prefeitura de Curitiba. Após essa ação, ele deverá sugerir alternativas que levem em conta a continuidade do funcionamento da Sociedade Evangélica e a manutenção dos empregos.
Os coordenadores dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Medicina Veterinária, Nutrição, Psicologia (diurno e noturno), Gestão Ambiental e Teologia já foram convidados a participar de uma reunião com o interventor na manhã desta sexta-feira (30). Com a liminar, a grade horária e os professores serão mantidos normalmente, segundo Perrini.
“Assim, nós conseguimos resguardar os direitos trabalhistas da melhor forma possível. Todos temos a esperança de que tudo vai voltar à normalidade”, concluiu ele.
Retorno dos alunos
A preocupação agora, de acordo com o vice-presidente, é resgatar os alunos que já providenciaram transferência para outras instituições de ensino, para garantir a permanência e a conclusão da graduação de forma integral.
O fechamento dos cursos foi anunciado às vésperas do Natal do ano passado, devido à problemas financeiros, após a nomeação de um interventor pela Justiça do Paraná. Apenas Medicina continuaria em funcionamento.
A reportagem tentou entrar em contato com a Faculdade Evangélica, mas as ligações não foram atendidas até o fechamento desta reportagem.