
Um levantamento do Conselho Regional de Farmácia do Paraná, CRF-PR, apontou que 97,7% dos farmacêuticos paranaenses que responderam ao questionário sofrem com o desabastecimento de medicamentos, destes, a maioria (79,5%) atua em estabelecimentos do setor privado, seguido pelas farmácias públicas (18,8%). O questionário foi respondido por 512 farmacêuticos espalhados pelo estado e foi disponibilizado no site e redes sociais do CRF-PR, do dia 22 de julho a 02 de agosto de 2022.
O levantamento mostra os medicamentos que mais estão em falta nas farmácias do Paraná. 94,8% dos entrevistados afirmam sofrer com o desabastecimento de antimicrobianos (os mais citados, azitromicina, amoxicilina e cefalexina); 84,8% com a falta de mucolíticos (os mais citados, acetilcisteína e ambroxol); 74,3% com a falta de anti-histamínicos (os mais citados, dexclorfeniramina e loratadina) e 62,4% com analgésicos (dipirona e ibuprofeno).
Entre as apresentações que estão em falta, o tipo mais citado pelos farmacêuticos que responderam o questionário foram a apresentação infantil (92,6%); seguida pelas formas líquidas orais em geral (92%).
“O levantamento vem a confirmar uma realidade de todo o Brasil, e que não é diferente no Paraná. Profissionais de todo o estado relatam a mesma dificuldade, principalmente na falta de medicamentos na forma líquida e apresentação pediátrica, que prejudica essa população”, destaca o conselheiro federal pelo Paraná e diretor secretário-geral do CFF, Dr. Luiz Gustavo Pires.
Motivos para o desabastecimento
Como os principais motivos vinculados à falta de medicamentos, foram citadas a escassez do mercado, a alta demanda não esperada, as falhas do fornecedor e o preço alto impraticável. Além disso, 67,6% dos profissionais afirmaram não estar encontrando alternativas para as faltas apontadas.
O CRF-PR orienta os pacientes que na falta do medicamento, busque informações com o farmacêutico e com o médico prescritor, para que estes possam indicar possíveis alternativas.
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