Mãe de criança agredida em creche diz que filha chorava só de ver o uniforme

Após a divulgação de um vídeo em que uma criança de dois anos aparece sendo agredida por uma professora de uma escola  no bairro Água Verde, em Curitiba, pais de alunos da creche se manifestaram em frente ao centro de educação infantil na noite desta quinta-feira (4), pedindo justiça e que a responsável pelo estabelecimento seja punida.

Aline Ponchio Machado, de 28 anos, é mãe da menina que aparece nas filmagens e compareceu à manifestação. Em entrevista , ela afirma que já vinha percebendo uma mudança no comportamento da criança.

“Minha filha estuda há dois meses na escola e desde então nós estranhávamos que ela começava a chorar quando colocava o uniforme e ao ser deixada na creche. Eu achava aquilo muito estranho, mas achei que era apenas a fase de adaptação, pois era a primeira vez dela na escola”, explica a mãe. “No domingo, quando recebemos a notícia de que havia uma denúncia de maus tratos, eu vi o vídeo e reconheci a minha filhinha”, relatou.

No dia seguinte, a família desmatriculou a criança e fez a denúncia para a polícia. “Enviamos também o vídeo para todos os pais, para que eles vissem o que acontecia lá dentro”, afirmou Aline.

A mãe acredita que a manifestação fará com que a justiça olhe com mais carinho para o caso. “Nosso objetivo com o protesto é buscar justiça, pois nada vai apagar o trauma da cabeça das nossas crianças. Minha filha viu o vídeo na televisão e se reconheceu, dizendo ‘essa tia briga, essa tia bate’”, contou Aline.

A mãe de outro aluno da escola, e que preferiu não se identificar, conta que também havia percebido alterações de humor em seu filho, que estudava na escola até a semana passada. “Eu tinha alguma angustias, via algumas alterações de comportamento, mas nunca presenciei nada diretamente. Eu imaginava que algo estava errado, mas as pessoas me diziam que era apenas coisa da idade. Ele estudava aqui quando a denúncia aconteceu, mas o tirei no dia seguinte”, afirma a mãe. “Eu espero justiça, já temos histórico anterior de que essa pessoa foi absolvida, então não é algo novo, e mesmo assim ela ficou impune”, acrescentou.

Os pais que estiveram presentes na manifestação afirmaram que ainda aguardam um posicionamento da escola sobre o caso.

Denúncia

De acordo com denúncias que vieram à tona nesta terça-feira (2), as agressões contra os pequenos teriam partido até mesmo pela proprietária do local.

Como a investigação envolve crianças, corre em segredo. À Banda B, porém, a Polícia Civil confirmou que diversas pessoas estão sendo ouvidas. A proprietária, que é a principal acusada, já garantiu ao Nucria que irá se apresentar espontaneamente.

Banda B