Uma área com mais de 1.800 hectares (mais de 8 milhões de metros quadrados) voltada para a proteção de ecossistemas ameaçados de extinção, a recuperação de áreas de preservação permanente ao longo do Rio Iguaçu e Barigui e a proteção também de 112 espécies da fauna nativa paranaense. Inaugurado hoje (28) o Refúgio de Vida Silvestre “Reserva do Bugio” é a maior área de conservação urbana do Brasil.
As cidades de Araucária, Curitiba e Fazenda Rio Grande terão a gestão do local compartilhada. O prefeito Olizandro Ferreira, o prefeito de Curitiba Gustavo Fruet, e o prefeito de Fazenda Rio Grande Marcio Wozniack além de secretários, vereadores, líderes comunitários e outras autoridades inauguraram na manhã deste sábado a reserva.
A unidade além de contribuir com a preservação da biodiversidade na região melhorará a qualidade das águas e diminuirá o impacto das enchentes.
Olizandro definiu o local como um projeto histórico para as três cidades. “Hoje estamos construindo um legado muito importante, um projeto para o futuro de nossas crianças. É um momento para ser comemorado, celebrado. Essa parceria entre Curitiba e Região Metropolitana cria a maior área de preservação urbana do país. Nesta área há 15 anos aconteceu um dos maiores acidentes ambiental do Brasil, o derramamento de óleo no rio Barigui, e agora com a criação dessa reserva a área impactada será preservada”.
Dos 1.800 hectares do Refúgio do Bugio, uma área de 335 hectares pertence a Araucária.
A região tem registro de 112 espécies de aves (25% da avifauna do Paraná) e 20 de mamíferos (10% das espécies registradas no Estado), algumas estão ameaçadas de extinção e serão protegidas com a criação do refúgio, entre elas os bugios, lontras e as aves ananaí, garça-branca, gavião carijó e beija-flor.
No refúgio também será possível realizar o monitoramento permanente e pesquisas científicas além da regulamentação das atividades humanas na área visando a sustentabilidade ambiental, social e econômica do projeto.
Após a inauguração os prefeitos plantaram três mudas de ipê e conheceram a trilha educativa da reserva.
Além de toda a importância para o meio ambiente e para a conservação de espécies, o município, com a criação do Refúgio também aumenta sua arrecadação já que passa a receber uma parcela maior do ICMS Ecológico destinado as cidades que possuem unidades de conservação da biodiversidade e áreas de manancial.
SMCS / Foto Carlos Poly