
Mais de 75 mil imóveis permanecem sem energia elétrica no Paraná na manhã desta terça-feira (23), em consequência das tempestades que atingiram o estado entre domingo (21) e segunda-feira (22). De acordo com a Copel, cerca de 1,1 milhão de consumidores chegaram a ter o fornecimento interrompido em razão da intensidade dos ventos e chuvas.
A companhia informou que os temporais provocaram danos severos à rede elétrica em diversas regiões, incluindo 131 postes quebrados e duas torres de alta tensão derrubadas. A situação foi classificada pela empresa como o “maior evento climático severo deste ano”. Em Curitiba, mais de 3,3 mil imóveis seguem sem energia.
“As equipes da Copel seguem de prontidão trabalhando na recomposição da energia na capital e em todo o Estado. Os trabalhos continuam até que todos os clientes sejam religados”, informou a concessionária em nota.
Cidades mais afetadas
Os maiores prejuízos se concentram no leste e centro-sul do estado. Em Pitanga, 7,9 mil imóveis seguem sem energia. Na Região Metropolitana de Curitiba, os municípios com mais registros são: São José dos Pinhais (2,8 mil), Doutor Ulysses (1,8 mil), Pinhais (1,3 mil), Colombo (1 mil) e Almirante Tamandaré (1 mil).
Na região centro-sul, além de Pitanga, continuam afetados Ortigueira (2,4 mil), Reserva (1,9 mil), Boa Ventura de São Roque (1,9 mil), Santa Maria do Oeste (1,8 mil) e Ponta Grossa (1,6 mil). No norte, os principais registros estão em Londrina (1,6 mil), São João do Ivaí (857), Ibiporã (846) e Rolândia (695).
No oeste, Toledo soma 956 imóveis desligados, Cascavel 120 e Foz do Iguaçu 39. Já no sudoeste, Dois Vizinhos tem 514, Francisco Beltrão 286 e Pato Branco 157. No noroeste, Mandaguari aparece com 1.239 imóveis sem energia, seguido de Cianorte (955), Maringá (405) e Paranavaí (66).
Segundo a Defesa Civil, mais de 1,6 mil pessoas foram diretamente afetadas pelas tempestades. Em Ubiratã, no centro-oeste, rajadas de vento chegaram a 121 km/h. Em Ponta Grossa, 22 casas e uma escola foram destelhadas, levando o Corpo de Bombeiros a distribuir lonas para a população e interditar o prédio escolar.
A infraestrutura hídrica também sofreu impactos. A Estação de Tratamento de Água (ETA) Iguaçu, em Curitiba, que abastece mais de 500 mil pessoas, teve o telhado arrancado. A unidade funciona de forma parcial, o que afeta ainda moradores de São José dos Pinhais, Pinhais, Piraquara e Colombo, que enfrentam falta d’água.
Vítima fatal
O temporal também deixou uma vítima fatal. A empresária Helena Oliveira do Carmo Araújo, de 48 anos, morreu após ser atingida por um galho de árvore que caiu sobre a rodovia PR-180, em Guairaçá, no noroeste do Paraná. Ela pilotava uma moto e voltava de viagem ao Chile junto do marido, que seguia em outro veículo.