Paraná

Manifestantes se reúnem no Centro Cívico em protesto contra queimadas na Amazônia

Manifestantes se reuniram, no final da tarde desta sexta-feira (23), na Praça 19 de Dezembro, também conhecida como Praça do Homem Nu, no Centro Cívico, em Curitiba, em protesto contra o aumento do desmatamento e do número de queimadas na Amazônia. De acordo com estimativas da Polícia Militar, cerca de 500 pessoas se concentravam no local.

Alana Dedalos, de 27 anos, da Nação Pachamama , uma das organizadoras da manifestação, conta que a ideia é partir em passeata até a Boca Maldita e durante o percurso realizar intervenções artísticas e gritos de protesto. “Hoje vamos sair em passeata, iniciando aqui na praça e terminando na Boca Maldita, depois talvez indo até a Praça Santos Andrade. Durante este trajeto, a gente vai ter algumas paradas com intervenções tanto artísticas como de protesto”, explica Alana que conta ainda ter sido criado um evento no Facebook para as manifestações desta sexta-feira com cerca de 11 mil interessados.

Ainda de acordo com Alana, mais do que o governo atual, os culpados pela destruição da Amazônia seriam o agronegócio e a mineração. “Queremos fazer uma pressão no governo e na consciência das pessoas para o que está acontecendo na Amazônia, que não é de hoje. Governos vão e vem, mas o agronegócio e a mineração continuam lá destruindo a floresta. Precisamos parar e refletir sobre como estamos vivendo e consumindo”, opinou ela que acredita que a única ação que o presidente Jair Bolsonaro pode tomar para melhorar a situação seria deixar o governo.

“Ele precisa sair do governo. não há mais o que fazer. A ideologia dele não é compatível com a vida e a gente precisa dar um jeito de derrubar esse governo”, concluiu ela.

Maria Flor Guerreira, da etnia Pataxó, defende que o protesto não é apenas contra o fogo na Amazônia, mas também contra o consumismo desenfreado nas cidades. “Vim aqui para além do fogo na Amazônia, porque na verdade esse fogo está acontecendo lá em função do nosso consumismo na cidade. Estão queimando a mãe terra para cortar árvores e termos móveis. Eu também tenho culpa quando consumo de forma desenfreada, trocando de roupa toda hora, por exemplo. Para tingir uma calça jeans, vão no mínimo 12 mil litros de água, fora a produção do algodão, fora a construção do maquinário para fazer essa calça”, afirmou Guerreira.

Daniela Oliveira, assistente social, de 38 anos, estava passando pela manifestação com os três filhos e decidiu aderir ao protesto. “Estou com meus filhos de 4 anos, 2 anos e o menor de 5 meses, porque acho que é uma causa muito importante, principalmente porque penso no futuro deles e a destruição da Amazônia representaria um prejuízo na vida deles”, disse a mãe.

Protestos em defesa da maior floresta tropical do mundo nesta sexta-ferira e no fim de semana acontecerão em pelo menos outras dez cidades do Brasil e em cinco capitais da Europa.

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Aécio Novitski

Idealizador do Site Araucária no Ar, Jornalista (MTB 0009108-PR), Repórter Cinematográfico e Fotógrafico licenciado pelo Sindijor e Fenaj sobre o número 009108 TRT-PR

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