A menina Lohana Ribeiro, de um ano e dez meses, que estava internada no Hospital Municipal de Araucária desde março, recebeu alta na manhã desta terça-feira (10). A história de Lohana começou na gravidez complicada, que culminou num parto prematuro. Ela nasceu com apenas cinco meses de gestação e tinha um irmão gêmeo.
O menino não resistiu e morreu oito dias após o parto. Já a menina, para sobreviver, foi submetida a várias cirurgias, inclusive no coração.
“Estamos muitos contentes com a vinda dela para casa. Agora é outra rotina, outro ambiente. Claro que teremos que ter o máximo de cuidado porque o estado de saúde dela é delicado. Eu só tenho a agradecer a Deus pela nossa filha e por mais essa conquista”, disse o pai José Roberto Vicente Ribeiro.
O pai de Lohana reclamou, porém, de uma demora da Prefeitura de Araucária em cumprir decisão judicial que ordenou que a administração municipal arcasse com as despesas do tratamento em casa.
Segundo a prefeitura, porém, essa decisão foi revertida poucos dias depois diante do argumento de que o hospital apresentava condições melhores para o atendimento do que a casa da família.
Por força da decisão anterior, no entanto, a Cohab Araucária já havia iniciado o procedimento para alugar uma casa para a família próxima a uma unidade de saúde. Por essa razão, a prefeitura diz que optou por garantir o atendimento de Lohana em casa, orientando os pais sobre os cuidados necessários e cedendo os insumos necessários ao tratamento – Lohana depende de um cilindro de oxigênio 24 horas por dia.
Além das medicações e dos equipamentos, Lohana precisa de acompanhamentos de fonoaudiologia, nutrição, médico e de enfermagem.
(Correção: a reportagem errou ao afirmar que Lohana Ribeiro estava internada no Hospital Municipal de Araucária desde o nascimento. Ela chegou ao local com um ano três meses, após passar por outros dois hospitais. A informação foi corrigida às 16h42.)
G1