A família de Lucas Gabriel Pereira, de 6 anos, está ajudando o pequeno a lutar contra uma grave doença. A criança descobriu, há quatro anos, que é portadora de um câncer no fígado, também conhecido como tirosinemia Tipo 1. Para estabilizar o quadro de saúde, Lucas precisa de um medicamento importado que custa R$ 29 mil e que a família não tem condições financeiras de adquirir.
O menino, que mora com a avó que trabalha como zeladora, nasceu com a doença e desde o dia 4 de setembro está internado no Hospital Pequeno Príncipe na esperança de conseguir a medicação. Diante disso, a advogada Rose Mary Grahl decidiu ajudar a família e entrou com uma ação na Justiça para conseguir o remédio.
“Como eu já tinha feito outras ações pedindo medicamentos, decidi abrir uma para o caso do Lucas também. Estava certa de que iria pedir e conseguir, mas a juíza negou a liminar. Achei estranho e entrei com outro recurso. Quando a ação voltou, a resposta que tivemos foi de que esse medicamento não era liberado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária )”, explicou a advogada.
A Justiça ainda pontuou que “deveriam ser realizadas as tratativas para o transplante hepático, a única opção viável em face das restrições legais de falta de registro da medicação na ANVISA”.
“Tendo o dinheiro, é possível importar o remédio. Ele acabou ganhando uma caixa, então ainda tem o medicamento para os próximos 10 dias. Mas a importação é demorada, o remédio é caro e a Justiça não concedeu até o momento. Vamos entrar com um novo recurso para tentar conseguir outra vez”, esclareceu Grahl.
A doença
A tirosinemia Tipo 1 afeta especialmente as funções do fígado do paciente. Segundo a advogada, com a falta do medicamento importado, o quadro da doença pode evoluir. “O medicamento pode evitar que se desenvolva um câncer no fígado, mas isso Lucas já tem. Então, ele precisa tomar o medicamento para ficar fortalecido e tentar fazer o transplante, para então tratar o fígado transplantado com o mesmo remédio”, relatou.
Além do câncer, a criança também é portadora da síndrome de Fanconi e raquitismo. Segundo a madrinha de Lucas, Suzy Pereira, nesta sexta-feira (27), a equipe médica fez uma reunião para decidir qual será o próximo procedimento a ser feito no tratamento.
“Independente disso, precisamos que ele tome esse remédio que é importado da Suécia. Estamos divulgando em vários lugares, nas redes sociais e pedindo que nos ajude com a questão financeira”, explicou Suzy.
Vaquinha
Devido a toda a burocracia com a Justiça, familiares e amigos decidiram fazer uma vaquinha online chamada “O Lucas precisa de você” com a intenção de arrecadar os recursos necessários para importar o medicamento. “O brasileiro é extremamente solidário, as pessoas são solidárias, mas elas precisam saber que precisamos de ajuda. Por isso, criamos a vaquinha”, disse a advogada.
A conta bancária disponível para doações está no nome da avó de Lucas. Para ajudar, basta clicar aqui e fazer a contribuição.
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