Em razão do “Dia Nacional de Mobilização e Paralisação Contra a Retirada de Direitos” marcado para esta sexta-feira (25), foram feitas assembleias nas 29 empresas da Grande Curitiba, por volta das 4 horas. As reuniões foram rápidas para que o Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc) explicasse aos trabalhadores as razões do dia de luta. Algumas linhas saíram com um pequeno atraso, mas os ônibus circulam normalmente hoje. Nesta semana, uma onda de boatos tomou conta das redes sociais dizendo que não haveria ônibus em Curitiba e Região Metropolitana nesta sexta, o que não aconteceu.
De acordo com o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, os motoristas e cobradores também autorizaram o sindicato a abrir indicativo de greve até 72 horas antes do dia 1º de dezembro, caso haja a possibilidade da primeira parcela do 13º salário não ser depositada até o dia 30 de novembro, prazo limite previsto em lei. “Os motoristas e trabalhadores estão conscientes sobre os projetos de lei que estão tramitando em Brasília e ameaçam os direitos de todos os trabalhadores. Nas assembleias também foi dada autorização para que o Sindimoc busque soluções para que a primeira parcela do 13º salário não atrase, mas caso haja a possibilidade deste pagamento não acontecer no dia 30, iremos abrir indicativo de greve até 72 horas antes do dia 1º de dezembro para que, neste dia, aconteça uma greve geral dos ônibus de Curitiba e região Metropolitana. Tudo vai depender do depósito do 13º salário”, afirmou Teixeira à Banda B nesta manhã.
Teixeira reforçou também que deve acontecer nos próximos dias uma reunião na Justiça entre empresas, Urbs e trabalhadores para discutir os pagamentos dos salários de novembro e dezembro, além de férias e 13º salário. Empresas ameaçam atrasar os pagamentos do 13º e do salário de novembro e alegam que a prefeitura de Curitiba fez uma projeção equivocada de passageiros para 2017, provocando um prejuízo de R$ 30 milhões acumulado até o último mês de setembro. A Prefeitura não reconhece este rombo.
Dia de Mobilização
Para esta sexta, a Força Sindical está mobilizando os trabalhadores do estado para participarem do Dia Nacional de Mobilização. Os protestos são contra o corte de direitos trabalhistas que vem sendo propostos e realizados nacionalmente pelos poderes Judiciário, Executivo e Legislativo Federal e para exigir medidas mais efetivas para o reaquecimento da economia.
“Continuamos batendo na tecla de que retirar direitos não vai ter nenhum efeito na economia. O que precisamos é de juros baixos e medidas de fortalecimento de crédito. Não são os direitos da população que sangram os cofres públicos e sim os milhares de privilégios do executivo, judiciário e legislativo. Se cortar essas regalias é possível, inclusive, diminuir os impostos que sufocam a população. Nosso protesto é para deixar claro que a conta da crise não pode ficar no bolso dos trabalhadores”, diz o presidente da Força Sindical, Sérgio Butka.
BandaB