Motoristas e cobradores decidem não parar os ônibus na greve de sexta; adesão deve ser menor

Motoristas e cobradores decidiram aderir à greve geral na sexta-feira (30), mas sem parar a circulação dos ônibus de Curitiba e região metropolitana. Diferente do último movimento grevista, no dia 28 de abril, que toda a categoria parou, desta vez, o sindicato que representa a categoria decidiu, juntamente com a Força Sindical do Paraná, que a adesão seria diferente. A Banda B já tinha adiantado que a adesão das categorias à nova greve geral seria menor, por influências do presidente Michel Temer, receoso que o ‘Fora Temer’ tome corpo em momento de muito desgaste e denúncias de corrupção.

A participação dos motoristas e cobradores foi confirmada no Dia Nacional de Paralisação e Lutas, por meio de nota à imprensa, mas horário e local ainda estão sendo definidos junto com outras categorias que também farão parte do ato.

Diferente do transporte coletivo, bancários e professores estaduais estão confirmados na adesão e vão paralisar totalmente as atividades, assim como, técnicos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do Hospital de Clínicas (HC). Professores municipais e servidores sinalizaram que devem participar do ato, na sexta-feira.

Os metalúrgicos também vão participar do ato contra as Reformas, mas – também diferente da vez passada – não paralisarão nenhum turno das montadoras.

Essa é a terceira vez que centrais sindicais convocam diferentes categorias para uma greve geral. A manifestação simboliza o repúdio à retirada de direitos dos trabalhadores, propostas pelo Governo Federal, por meio da Proposta de Emenda Constitucional 287/2016 (Reforma Previdência) e o Projeto de Lei 6787/2016 (Reforma Trabalhista).

Mesmo sob protestos das ruas, a reforma trabalhista tem avançado, já que nesta semana a previsão é que finalize sua passagens por todas as comissões do Senado. A votação em plenário ainda não tem data definida. É o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), quem coloca a matéria na pauta de votações.