Aproxima-se a Semana Santa, período em que grande parte das pessoas optam pelo consumo de pescados, mariscos e crustáceos. Porém, o que muitos não sabem – ou que ainda ignoram – são cuidados durante a compra, acondicionamento e preparo desses alimentos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) divulgou uma cartilha orientando os consumidores e a nutricionista Tatiana Kruger, da Fundação Pró-Rim, ressalta a importância de seguir à risca as recomendações para evitar infecções intestinais, causadas por alimentos impróprios para o consumo.
A ANVISA alerta sobre os locais de venda. É importante observar a limpeza e a organização do ambiente e higiene dos atendentes. Além disso, analisar se o local apresenta condições adequadas para conservação dos alimentos. E antes de comprar o peixe fresco, observar se o mesmo preenche características como:
– Estar livre de contaminantes físicos (pedaços de metais, plásticos e/ou areia ou poeira), químicos (combustíveis, sabão e/ou detergentes) e biológicos (bactérias, vírus e/ou moscas);
– Aparência: ausência de manchas, furos ou cortes na superfície;
– Escamas: bem firmes e resistentes. Devem estar translúcidas (parcialmente transparentes) e brilhantes;
– Pele: úmida, tensa e bem aderida;
– Olhos: devem ocupar toda a cavidade, ser brilhantes e salientes, sem a presença de pontos brancos ao centro do olho;
– Membrana que reveste a guelra (opérculo): rígida, deve oferecer resistência à sua abertura. A face interna deve estar brilhante e os vasos sanguíneos, cheios e fixos;
– Abdômen: aderidos aos ossos fortemente e de elasticidade marcante;
– Odor, sabor e cor: característicos da espécie que se trata;
A nutricionista completa “Os produtos não podem estar amolecidos ou com acúmulo de líquidos. Este é um sinal de que passaram por um processo de descongelamento. A presença de gelo ou muita água indica que o balcão foi desligado ou teve sua temperatura diminuída temporariamente”.
Algumas medidas também devem ser tomadas no momento do preparo ou do consumo dos pescados, a fim de melhorar a qualidade nutricional desses alimentos. “Dê preferência a peixes assados, cozidos ou grelhados. Evite consumir peixes fritos, que possuem alto teor energético e de gorduras. É importante retirar o couro do peixe antes de consumi-lo. A gordura saudável presente nos peixes está concentrada principalmente em sua carne e não em seu couro. E por último, utilize temperos naturais para preparar o alimento, como cebolinha, cebola, alho, orégano, manjericão, manjerona, cominho, noz-moscada, louro, etc. Evite o consumo excessivo de sal e de temperos industrializados. No caso de pescados que já venham salgados, é necessário dessalgá-los adequadamente para evitar que o teor de sódio no alimento fique alto”, explica Tatiana.
Outro produto muito consumido nesta época são os chocolates, que também requerem a atenção do consumidor no momento da compra. “É preciso que os ovos de páscoa, os bombons e os tabletes de chocolate estejam armazenados em local fresco e arejado. Verifique ainda se não há a incidência direta da luz solar ou contato com a umidade”, alerta a nutricionista.
A embalagem deve estar íntegra, sem furos ou amassadas e conter as informações obrigatórias na rotulagem como denominação de venda, data de validade, nome e endereço do fabricante e informação nutricional.
Outra dica importante na hora de comprar chocolates ou Ovos de Páscoa é verificar a lista de ingredientes e a tabela de informação nutricional constantes nos rótulos. “Os ingredientes utilizados na preparação ou fabricação dos chocolates são declarados na lista de ingredientes, em ordem decrescente de quantidade. Assim, deve-se optar por chocolates com maior teor de cacau e, consequentemente, menos açúcar”, destaca.
Mas, a regra principal para o consumo de chocolates tanto na Páscoa quanto no restante do ano, segundo a nutricionista, é a MODERAÇÃO! “O bom-senso é primordial. Opte pelos produtos mais nutritivos e de menores calorias”, finaliza.
BandaB