O Exército Brasileiro (EB) em conjunto com a Polícia Civil do Paraná realizam a operação “Rastilho”, com o objetivo fiscalizar o comércio ilegal e mau armazenamento de explosivos. A ação já teve resultados na região metropolitana. Quatro toneladas de material detonante foram apreendidas em um paiol da zona rural de Almirante Tamandaré.
Um empresário foi preso na operação por transportar de forma irregular em uma Ford/Ranger, 175 quilos de nitrato de amônio junto com 244 metros de cordel detonante. Essa mistura pode derivar uma grande explosão caso haja uma faísca.
Segundo o suspeito, o material havia sido adquirido para ser utilizado em sua empresa para a detonação de pedras e extração de cal, porém, com o término dos trabalhos, resolveu levar a sobra do material até o depósito para armazenar até a próxima utilização. “Ele tem o alvará para uso dos materiais, quanto a isso está tudo certo. No entanto, o armazenamento e a logística não estavam de acordo com o regulamento 105 do EB”, afirmou o delegado Rodrigo Brown, titular do Centro de Operações Policiais Especiais que deu o apoio na operação.
No paiol, além das toneladas de explosivo, a polícia também apreendeu 38 retardos de detonação, 36 estopins com espoletas e seis caixas de cordel detonante.
O delegado ressaltou que o transporte e a utilização de explosivos dependem de autorização do Exército e da Delegacia de Explosivos de Armas e Munições (Deam). O controle sobre este tipo de material é rigoroso e as ações de controle intensificadas, para coibir possíveis crimes relacionados à explosão de caixas eletrônicos. “Orientamos as pessoas para que se atentem a quem adquire estes materiais”, disse Brown. A operação continua para fiscalizar outros locais. Não foi divulgada a data de término. O preso foi autuado pela posse do material explosivo, com pena prevista de até seis anos de reclusão.
PrOn