
Os motoristas e cobradores de ônibus em Curitiba e região metropolitana ainda não definiram se cruzam ou não os braços a partir de quinta-feira (21). A única definição até o momento é que a categoria fará um dia antes, na Praça Rui Barbosa, um ato para reivindicar a instalação de câmeras dentro dos ônibus do transporte coletivo. A greve geral a partir de quinta-feira ainda não está descartada, mas precisa ser comunicada à Prefeitura 72 horas antes do início da paralisação.
Diretor do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus (Sindimoc), Eglesio Santana, explicou que várias assembleias já foram realizadas e agora uma reunião da entidade deve definir como serão os atos. “Ainda será definido como será a mobilização. Nesta terça, no fim da tarde, já devemos ter algo”, explicou.
O impasse no momento está entre Sindimoc e Urbs. A Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), segundo a entidade, já está realizando um estudo de viabilidade para a implementação das câmeras de segurança, com previsão para iniciar os testes ainda este mês, na Região Metropolitana.
Em nota, a Urbanização de Curitiba (Urbs) informou que conta com 500 câmeras de monitoramento em terminais do transporte coletivo e estações-tubo, conectadas 24 horas ao Centro de Controle de Operação (COC). “Além disso, os ônibus da frota das linhas urbanas contam com botão de pânico, o acionamento pode ser feito pelo motorista ou cobrador em caso de emergência. Quando acionado o sistema alerta o COC e também as empresas de ônibus. A Urbs está junto com a Comec na Comissão de Segurança e a Guarda Municipal criou a Patrulha do Transporte”, informou a administração municipal.
Na semana passada, o coordenador operacional das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana, Mauro Magalhães, disse que as operadoras realizam um mapeamento das linhas e estações-tubo mais assaltadas e repassam essas informações aos órgãos competentes para que eles possam agir nos locais com mais incidência de roubos. Ele disse ainda que as empresas não são contrárias à instalação de câmeras. “Mas elas não são a solução. São, sim, um elemento a mais em busca da solução desse problema complexo”, comentou. Ele afirmou que, se as câmeras inibissem os assaltos, não haveria roubo a bancos, postos de gasolina e lojas do comércio.
BANDAB