
A doação de órgãos é importante para diminuir a fila de espera por transplantes. Dados do Sistema Estadual de Transplantes, mostram que, no Paraná, de janeiro a maio deste ano houve 197 doações de órgãos no Paraná, que resultaram em 322 transplantes de órgãos e 368 de córnea. Rim e fígado lideram o ranking de órgãos transplantados no estado, com 195 e 103 transplantes, respectivamente.
“Estamos constantemente trabalhando para fazer com que os números de doações de órgãos e transplantes continuem aumentando. O Paraná é segundo estado com maior número de doações efetivas de órgãos no País. Iniciativas como esta têm como objetivo diminuir ao máximo o tempo que um paciente passa na fila de espera para receber um órgão”, afirmou o secretário de estado da Saúde, Michele Caputo Neto.
Para a diretora Do Sistema Estadual de Transplantes, Arlene Badoch, uma das preocupações é identificar de maneira correta se o paciente sofreu morte encefálica. “É o primeiro passo para analisarmos se ele é, ou não, um possível doador de órgãos. É extremamente importante que médicos e demais profissionais da saúde tenham em mente que este cuidado pode ajudar a salvar muitas vidas”, esclareceu a diretora.
Exames
Para que seja declarada a morte encefálica de um paciente, é preciso que sejam seguidas três etapas: dois testes clínicos; um teste de apneia; um exame complementar confirmatório da morte encefálica. Destes dois exames, um deles obrigatoriamente tem que ser feito por um neurologista, neuropediatra ou neurocirurgião.
Para o neurocirurgião César Vinicius Grande, a adesão dos profissionais a esta etapa do processo é extremamente importante e fundamental para que a equipe tenha segurança no diagnóstico.
“É muito importante que os profissionais da neurologia realizem este exame, especialmente em hospitais com várias especialidades e pronto-socorros, onde a demanda é maior. Em nossa equipe realizamos uma média de dois a cinco exames como estes ao mês”, disse o neurocirurgião.
Uso da tecnologia
O Sistema Estadual de Transplantes do Paraná, criou uma série de vídeos para serem divulgados nas redes sociais, que ajudam os profissionais da área de saúde a identificarem de maneira adequada a morte encefálica em pacientes.
A iniciativa dá continuidade às ações feitas pelo Estado para incentivar a doação de órgãos e diminuir a fila de espera de transplantes. Dentre as quais estão, também, cursos presenciais e online para as Comissões Intra-hospitalares de Doações de Órgãos e Tecidos para Transplante.
Pacientes que tenham sido diagnosticados com morte encefálica se tornam potencias doadores de órgãos e tecidos. Já os que sofreram parada cardiorrespiratória podem doar tecidos (córneas, pele, válvulas cardíacas e ossos).