
O Paraná fechou o primeiro semestre de 2017 com redução nos principais indicadores de crimes. O freio na violência atingiu tanto os crimes patrimoniais – foco da Segurança Pública do Estado após o avanço registrado em todo o país – como os crimes contra a pessoa, mantendo o histórico recente de declínio.
Em relação especificamente aos roubos, crimes nos quais há a utilização de violência para subtrair pertences da vítima, houve queda de 4%, passando de 42.792 registros para 41.154 em todo o Estado. Os dados se referem aos primeiros seis meses do ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
“Num momento em que o País passa por uma grave crise, com alto índice de desemprego, e os crimes patrimoniais sendo uma verdadeira epidemia no País inteiro, o Paraná está na contramão, com um decréscimo na quantidade de crimes”, avalia o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita.
A queda mais expressiva foi verificada nos roubos cometidos contra comércios em todo o Estado: -20,35%. Da mesma forma, reduziu o índice de roubos registrados especificamente em residências: -1,2%.
Naqueles crimes sem o uso da violência – furtos – a redução foi de 1,24%. “Depois de um ano de 2016 atípico, no qual o Brasil todo sofreu com aumento nos crimes patrimoniais, por conta da crise financeira e econômica, estamos agora em um novo momento, obtendo reduções importantes para inverter a tendência”, diz o secretário.
Das 23 Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisps) nas quais o Paraná é dividido para fins administrativos, 13 apresentaram redução no índice de roubo. A queda chegou a 22% na região de Telêmaco Borba, a 22% na de Jacarezinho e a 20% na de Cascavel.
Em Curitiba, a queda no índice foi de 10%. A capital também teve outras reduções importantes nos furtos (-3%); furtos de veículos (-4%); roubos de veículos (-17%); furtos a residência (-12%); roubos a residência (-19%); furtos a comércio (-11%) e roubos a comércio (-21%).
Queda geral
No somatório, todos os crimes contra a pessoa e contra o patrimônio sofreram queda no Paraná nos primeiros seis meses do ano. Houve redução de 3% (3.161 ocorrências a menos) nos crimes cometidos contra a pessoa, entre os quais estão aqueles registros criminais cometidos contra a vida, lesões corporais e crimes conta a honra. Já nos crimes contra o patrimônio, que englobam furtos e roubos, por exemplo, a diminuição no índice foi de 2%.
“Destaco que o empenho pessoal dos policiais civis que intensificaram as operações policiais, aliados a atuações conjuntas com a Polícia Militar que também têm intensificado o policiamento preventivo, somado aos fortes e recentes investimentos feitos pelo Governo do Estado na área de segurança, contribuiu para os números favoráveis que se apresentam”, afirma o delegado-geral da Polícia Civil, Julio Reis.
Veículos
Enquanto houve aumento de 2,4% nos roubos de veículos no Paraná, o número de furtos caiu 4%. No mesmo período, a recuperação de veículos cresceu 5,4%.
A região de Telêmaco Borba foi a que apresentou a maior redução nos roubos de veículos (-31%), seguida pelas regiões de Francisco Beltrão (-27%) e de Cascavel (-26%).
Drogas
Com mais policiais e viaturas nas ruas, aumentaram também os boletins de ocorrência relacionados a crimes de uso (+16%) e tráfico de drogas (+14%).
Os dados constam no mais recente relatório criminal divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária. Elaborado pela Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico da Pasta, o documento pode ser conferido na íntegra, clicando aqui.
O Paraná neste 1º semestre 2017:
Crimes contra a pessoa
redução de -2,62%
Crimes contra o patrimônio
redução de -1,76%
Furto
redução de -1,24%
Roubo
redução de -3,83%
Furto de veículos
redução de -3,76%
Recuperação de veículos
aumento de 5,39%
Ocorrências sobre tráfico de drogas
aumento de 13,81%
Ocorrências de uso de drogas para consumo pessoal
aumento de 16,03%
Furto em ambiente público
redução de -1,30%
Roubo em ambiente residência
redução de -1,20%
Furto ambiente comércio
redução de -6,24%
Roubo ambiente comércio
redução de -20,35%