Araucária

Patrulha Maria da Penha (PMP) participou da Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho de Empresa Distribuidora de Combustíveis

Nos dias 05 e 06 de outubro de 2022 o Coordenador da Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal de Araucária GM Colaço e a GM Ana Paula, estiveram ministrando palestra sobre violência doméstica e familiar, medidas protetivas de urgência e conscientização sobre assédio moral e sexual dentro e fora do ambiente de trabalho, à funcionários da empresa distribuidora de combustíveis IDAZA/LTDA.

O convite foi feito pelo Sr. Igor Wandscheer, Técnico em Segurança do Trabalho da empresa referida.

As palestras em voga, fizeram parte da Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho da Distribuidora de Petróleo.

Foto: Divulgação GMA

Para o Coordenador da PMP GM Colaço, “O compartilhamento das informações à comunidade traz benefícios no reconhecimento de uma atitude que a princípio pode parecer uma brincadeira inofensiva, mas que, no fundo há o abuso nas relações profissionais. Aprender a lidar com certas situações e saber identifica-las, é de suma importância para que se faça cessar a prática, antes que se torne um caso em que haja necessidade de levar adiante”.

Foto: Divulgação GMA

Vamos aprender juntos a identificar um relacionamento abusivo?

Lembre-se: “O Amor não machuca e nem ofende.”

Não é rara as vezes que ouvimos a frase: “Em briga de marido e mulher, não se mete a colher”. Pelo contrário, toda forma de violência contra a mulher e na condição de “mulher”, deve ser combatida por toda a sociedade. A violência contra mulher, por conta de uma sociedade essencialmente machista e sexista deixou marcas em nossas gerações passadas.

Avós, mães, tias de um tempo não tão distante, sofreram absurdas formas de violência por sua condição de mulher. Cerceamento da liberdade de usar uma roupa que lhe agrade, seria um absurdo em pleno século XXI. Mas, acredite, isto ainda faz parte do ranço daquele tempo que, vez por outra nos deparamos em nossa sociedade.

Ao contrário do que se pensa, a violência física é a forma que menos dói. As ameaças constantes, impondo medos, como o da retirada de um filho, está entre as piores formas de violência.

Vamos lá

  • Ele não deixa você sair de casa livremente, mesmo que para o seu dia de trabalho com uma roupa mais leve e confortável?
  • Não permite que você tenha amizades, como se “ele” soubesse quem seriam pra você as “amizades” ideais”?
  • Ele quebra a liberdade de sigilo do teu aparelho celular?
  • Ele te força a manter relações sexuais contra sua vontade e, essa ojeriza a ele, advém do fato de ele buscar o sexo, via de regra quando está alcoolizado e/ou sob efeito de drogas?
  • O seu companheiro, sequestra o teu salário do mês, com alegação de que você não sabe gerir o seu próprio dinheiro?
  • Não deixa você utilizar o veículo da família, apesar de você ser habilitada?
  • Ele usa o dinheiro do salário dele para adquirir bebidas ou drogas, deixando de comprar alimentos para seus filhos e para você?

Todos estes atos e atitudes podem e devem ser denunciados.

A Lei 11.340/06, Lei Maria da Penha, pune todos estes atos descritos dentro de um relacionamento conjugal.

As violências física, psicológica, sexual, patrimonial e moral estão elencadas no rol de abusos cometidos contra as mulheres e que, são punidas pela Lei Maria da Penha.

Segundo julgado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a violência contra contra a mulher construí delito de Ação Penal Pública Incondicionada, isto é, não há necessidade da representação da vítima.

A Lei Maria da Penha, define o crime de “violência doméstica como sendo; lesão corporal praticada contra ascendente, descendente, cônjuge ou companheira, ou com quem conviva ou tenha convivido ou ainda, prevalecendo-se o agente das relações de coabitação ou hospitalidade”.

Pesquisas indicam que, as situações mais graves de violência contra a mulher ocorrem em relacionamentos onde há a subserviência da mulher ao homem, pelo fato da mulher não trabalhar, pois, precisa cuidar da prole (filhos). Isso fortalece a relação de domínio do homem sobre a mulher (vítima), que não vê alternativa senão a de calar-se diante do sofrimento. Outro fator que se deve observar é a situação vexatória a que a vítima se exporá trazendo à luz o seu martírio. Vergonha da família, dos filhos e da própria sociedade, esta que não põe a colher na “briga”.

A Lei 13.104/2015, Lei do Feminicídio, trouxe circunstâncias qualificadoras no crime de homicídio cometido contra e em razão da condição de mulher e o colocou no rol dos crimes hediondos, mas, precisamos avançar!

Reformular essa cultura machista e sexista, incutindo na cabeça do “menino” o seu papel e suas atitudes ante às mulheres.

Para conhecimento

No município de Araucária, há a Patrulha Maria da Penha (PMP) da Guarda Municipal que realiza o acompanhamento de pouco mais de 600 Medidas Protetivas. A PMP Realiza visitas e auxilia o judiciário no balizamento de concessão de novas medidas e às renovações, através dos relatórios obtidos nos Boletins de Ocorrências confeccionados pelas equipes de rua.

A QUALQUER SINAL DE UM DESSES ABUSOS, DENUNCIE!

VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA!

Redação com GMA

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