Para auxiliar na inserção de pessoas com deficiência e reabilitados do INSS no mercado trabalho, o Sine de Araucária realizou uma atividade especial na sexta-feira (25): o Dia D. Diversas empresas foram convidadas a assistir uma palestra e fizeram entrevista com interessados nas vagas disponíveis para esse público, na Secretaria de Trabalho e Emprego (SMTE). Foram 168 entrevistas, com participação de 20 empresas e 27 vagas disponibilizadas.
O morador do bairro Jatobá, Jonas Guido Antunes, de 22 anos, ficou com um problema no braço quando tinha 18 anos, após um acidente. Ele estava otimista a procura de uma vaga de auxiliar de produção e se candidatou para quatro vagas. “Estou há um mês procurando emprego. Achei muito bom focar um dia de atendimento para as pessoas com necessidades especiais. É bem mais rápido, vê as vagas e já faz a entrevista”, conta.
De bem mais longe, Eliton Fábio de Andrade, de 30 anos, veio de Fazenda Rio Grande aproveitar a seleção. “ O Sine de Fazenda Rio Grande me encaminhou para participar desse mutirão. Lá não tem essas coisas, vim tentar aqui e estou confiante. Quero ver se consigo algo na área administrativa, que não precise ficar muito de pé, por causa do meu problema na perna”, diz Eliton, que é reabilitado do INSS.
A coordenadora do Setor de Pessoas com Deficiência da Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego, Carlota Figueiredo, diz que o resultado da ação foi muito bom, mas que poderia ter tido uma maior cooperação por parte das empresas. “Convidamos 30 empresas indicadas pelo Ministério do Trabalho, que deveriam ter essas vagas de cotas, mas apenas 20 compareceram. Algumas desmarcaram em cima da hora e outras simplesmente não mostraram interesse”, relata.
Quanto ao lado positivo, algumas instituições presentes já adiantaram que gostaram das entrevistas, inclusive três vagas já foram retiradas do cadastro porque houve interesse nos candidatos. As empresas tem 15 dias para dar retorno aos candidatos sobre as contratações.
Sistema de cotas
A Lei 8.213/91 determina uma cota mínima de contratação para pessoas com deficiência em empresas com mais de 100 empregados e vai aumentando de acordo com o porte da instituição. De 100 a 200 empregados a cota é de 2% dessas pessoas no quadro de funcionários; de 201 a 500 funcionários, 3%; de 501 a 1000 pessoas, 4%, e, acima de 1001, a lei estabelece 5% das vagas. As empresas que não cumprem a demanda estão sujeitas à multas, mas esse não seria o principal impacto para a sociedade. “Nosso objetivo maior é o benefício social que essa ação causa, de inclusão dessas pessoas”, comenta Carlota.