Os preços dos produtos de Páscoa subiram aproximadamente 20,74% em relação ao ano passado, ao mesmo tempo que a gramatura ou o peso de alguns ovos reduziram em média 8%. Essa foi a constatação do Disque Economia, serviço de acompanhamento de preços de mercado da Secretaria Municipal do Abastecimento.
A pesquisa avaliou o preço de 180 produtos de Páscoa em 14 supermercados diferentes. Outro item que apresentou expressiva variação, de 13,79%, foram as columbas.
Esta foi a primeira pesquisa de Páscoa divulgada pelo Serviço. Até o dia 2 de abril, véspera da Sexta-Feira Santa, a Secretaria do Abastecimento divulgará pesquisas semanais, sempre às terças e quartas.
“Houve aumento de preço com redução de peso e a variação dos preços também são significativas. A orientação é a de que o consumidor pesquise bem antes da compra e observe qual é o peso líquido do produto e não o peso bruto, que inclui as embalagens”, orienta o economista Henry Paulo Lira, coordenador do Disque Economia.
Ceia mais cara — Outra pesquisa divulgada ontem confirma que a Páscoa será salgada mesmo. As famílias que forem celebrar a Páscoa e a Semana Santa com um almoço tradicional terão desde já que reservar uma fatia maior do orçamento para ir às compras. Nos cálculos da Fundação Getulio Vargas (FGV), a cesta de produtos tipicamente consumidos na ocasião ficou em média 25,03% mais cara em relação ao ano passado. Em 2014, essa mesma cesta de itens havia ficado 0,26% mais barata.
Os produtos da feira são os grandes vilões, listou a FGV. Os maiores aumentos nos 12 meses até fevereiro vieram de batata (63,49%), cebola (30,44%) e couve (16,30%). Mas os produtos mais típicos da data também registraram alta de preço acima da inflação média: pescados frescos (16,76%), vinho (15,84%) e bombons e chocolates (9,32%). No período, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 7,99%. “Bombons e chocolates subiram 9% de preço. A pesquisa não inclui os ovos de Páscoa, mas é um ponto de partida para imaginarmos que o produto, que geralmente tem um apelo maior de compra por conta das crianças, deve ultrapassar essa variação”, afirmou o economista André Braz, pesquisador da FGV responsável pelo levantamento.
Os peixes frescos também devem subir ainda mais nas próximas semanas, devido ao aumento da procura, acrescentou. “A única queda observada foi no preço do bacalhau e outros pescados salgados, que ficou 3,36% menor do que o registrado na Páscoa de 2014. O resultado é semelhante ao observado no mesmo período do ano passado (-3,30%).