O preço do pãozinho francês vai subir no Paraná, a exemplo do que já é verificado em outros setores produtivos do País. É só uma questão de tempo. Pode ser na semana que vem, ou na outra, mas vai ter aumento. Além de toda a conjuntura econômica atual, o dólar alto veio como um golpe de misericórdia para o setor da panificação.
“Temos represado muitas altas nos últimos meses, como a energia elétrica, os combustíveis e agora o dólar. Agora, não temos mais como segurar o preço”, diz o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Paraná (Sipcep), Vilson Felipe Borgmann.
Segundo Burgmann, o aumento deve ocorrer mas sem data. Vai depender do estoque de cada panificadora. Da mesma forma, o aumento deve ser diferenciado, já que cada empresário tem planilha de custo diferente. “Mas estamos pedindo para os panificadores verem com muito carinho essa planilha, para não ter aumento abusivo”, continua o presidente do Sipcep.
Em outras regiões do Brasil, a expectativa é de um aumento entre 8% a 10% nos produtos derivados do trigo, incluindo ai o pão nosso de cada dia. A previsão no País é que o aumento venha nas próximas duas semanas, quando os fornecedores começarem a repassar o custo da importação para as panificadoras e indústria.
Ainda segundo o presidente do sindicato da panificação, mesmo com todos os aumentos neste ano — energia elétrica, combustíveis, entre outros — as panificadoras vinham segurando o preço do pãozinho. Mas a situação chegou no limite, e agora não há como manter os mesmos valores. Sobretudo com a disparada do dólar, que subiu mais de 20% neste começo de ano.
A moeda americana influi diretamente no custo da proudção, já que o Brasil, atualmente, precisa importar metade do trigo que consome. O Paraná tem cerca de 4.500 panificadoras associadas ao Sipcep — sendo 1.500 em Curitiba. O Estado é um dos principais consumidores de pão no País.
foto: Valquir Aureliano Fonte Bem Paraná