Brasil

Quatro em cada dez brasileiros pretendem usar 13º para presentes

Da assessoria

 

Os meses de novembro e dezembro são sempre muito esperados devido às parcelas do 13º salário que caem na conta da maioria dos brasileiros. O problema é saber usar esse dinheiro extra da melhor maneira possível. Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que quatro em cada dez brasileiros (43%) irão utilizar ao menos parte do 13º para a compra de presentes de Natal.

Para os especialistas do SPC Brasil, as compras de fim de ano devem ser bem pensadas e planejadas para não impactar negativamente no orçamento dos consumidores brasileiros.

Entre os que recebem o benefício e não irão gastar tudo com as compras de Natal, 31% dos entrevistados pretendem destinar os recursos do 13º salário a uma poupança ou investimentos, e 24% pretendem quitar dívidas para organizar a vida financeira.

No entanto, se comparado com 2014, opção de economizar e/ou investir caiu de forma significativa (31% em 2015 ante 46% em 2014) e aumentou o percentual de pessoas que não sabem o que irão fazer com o 13º salário (16% em 2015; 5% no ano passado).

Cerca de 5% utilizarão o salário extra para quitar as dívidas também, mas apenas para que possam fazer novas compras, considerado um motivo errado pela economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

“O dinheiro do 13º deveria ser primeiramente pensado para pagar dívidas pendentes, empréstimos ou para investir. Se o consumidor tem apenas uma dívida em aberto, é mais fácil resolver o problema. Caso exista mais de uma, o ideal é escolher aquela que está atrasada ou optar pelo valor com juros mais altos como, por exemplo, cheque especial e cartão de crédito.

Para a economista, “caso o consumidor realmente queira utilizar o 13º para a compra de presentes para a família e amigos, a dica é não dividir em muitas parcelas, para não sobrecarregar o orçamento com as contas de início de ano, e também comprar presentes mais baratos, as famosas lembrancinhas”, explica Kawauti. “Com o dinheiro na mão, o ideal é fugir dos parcelamentos e negociar descontos atrativos nas lojas, preferencialmente pagando à vista.”

O educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, também acredita que se educar financeiramente não é deixar de comprar presentes e fazer uma ceia, mas sim escolher lembranças criativas e que estejam dentro do seu orçamento.

“A palavra-chave é organização. Primeiro, faça uma lista de pessoas que deseja presentear e comece a pesquisar valores das lembrancinhas de Natal. Depois, defina um limite de gastos e respeite-o. Neste caso, trocar os presentes para a família toda pelo amigo secreto pode ser uma boa forma de economizar dinheiro”, diz.

Mesmo que um salário a mais no final do ano ajude bastante, 38% dos entrevistados pretendem fazer bicos ou outras atividades que possam gerar uma renda extra, para comprar mais presentes ou presentes melhores para o Natal, principalmente as mulheres e pessoas das classes C/D/E.

Metodologia

O SPC Brasil entrevistou 601 consumidores de ambos os sexos e de todas as idades e classes sociais nas 27 capitais brasileiras. A margem de erro é de no máximo 3,7 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%. O objetivo da pesquisa foi avaliar a intenção de compras no Natal de 2015, mapeando as preferencias e percepções dos consumidores em relação aos produtos, preços, forma de pagamentos e locais de compra.

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Aécio Novitski

Idealizador do Site Araucária no Ar, Jornalista (MTB 0009108-PR), Repórter Cinematográfico e Fotógrafico licenciado pelo Sindijor e Fenaj sobre o número 009108 TRT-PR

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