O Governo do Estado e os representantes dos servidores estaduais tiveram ontem mais uma reunião, desta vez para tratar da data-base do funcionalismo. Sem avançar em propostas ou acordo, nova reunião ficou agendada para a próxima terça-feira, dia 19 de maio. Com isso, também os professores mantêm a greve deflagrada ainda no dia 27 de abril.
“Ainda estamos em maio, que é o mês da data-base do funcionalismo, e podemos continuar os estudos”, disse a secretária da Administração e da Previdência, Dinorah Botto Portugal Nogara. “Temos um ano recessivo e há grande preocupação em relação ao comportamento da receita”, disse a secretária.
A representante dos professores e diretora da APP-Sindicato, Marlei Fernandes, disse que a categoria quer, no mínimo, a reposição da inflação e espera que até amanhã o governo apresente uma proposta. “A greve (dos professores) continua até que o governo apresente uma proposta de reposição salarial da categoria”, disse. A categoria espera, no mínimo, a reposição da inflação do período medida em 8,7% pelo Indice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Greve
A secretária de Estado da Educação, Ana Seres Trento Comin, fez um apelo para que os professores que estão em greve retornem às salas de aulas. “Temos interesse em que o movimento se encerre logo, porque o ano letivo já está bem comprometido”, disse Ana.
Em Brasília, o governador Beto Richa também fez um apelo pedindo pelo retorno das atividades nas escolas estaduais. Se a greve se prolongar, o ano pode ficar sem datas possíveis para a reposição. Se ela acabasse agora, ainda assim teriam que ser utilizados os sábados e cancelar as férias de meio de ano.