Da Redação
Diante do longo impasse envolvendo trabalhadores e empresas do transporte coletivo de Curitiba, o Sindicato dos Motoristas e Motoristas (Sindimoc) anunciou no final da tarde desta quinta-feira (3) que irá entrar com pedido judicial de multa para as empresas que atrasarem os salários. De acordo com a entidade, a categoria já aprovou greve para cada novo atraso. O prazo final para que o salário referente ao mês de novembro caia na conta dos trabalhadores é o dia 6. Se não cair, os ônibus podem parar na terça-feira (8).
Segundo o Sindimoc, o pedido de multa é motivado pelo “esgotamento” de conversas sem qualquer consenso com as empresas. “A entidade vai pedir multa diária de R$ 1 milhão revertida aos trabalhadores contra as empresas que atrasarem os vencimentos de novembro, dezembro ou janeiro, incluindo o 13º salário. Na semana passada, as empresas enviaram ofício ao Sindimoc informando que atrasariam todos esses vencimentos – e de fato atrasaram a primeira parcela do 13º salário, que deveria ser paga até 30 de novembro, causando greve dos trabalhadores”, relatou a assessoria do sindicato.
O pedido de dissídio coletivo será protocolado ainda nesta quinta-feira (3) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR). O Setransp afirma não ter dinheiro para pagar a folha salarial. Com isso, a Urbanização de Curitiba (Urbs) estuda novo meio de ajudar os patrões. Uma nova reunião está marcada para a próxima sexta-feira (4), com mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT).
“Não estamos participando das reuniões entre Urbs e Setransp. Isso nos gera uma preocupação com relação ao pagamento dos trabalhadores na próxima segunda-feira. Deveremos abrir um indicativo de greve para a próxima terça-feira (8), a fim de pressionar para que o pagamento aconteça em dia. Se não acontecer, o transporte para”, afirmou o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira.
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